Os AMD Ryzen têm-se tornado muito populares pela sua capacidade de debitar elevado desempenho, sem penalização séria na autonomia dos portáteis, mas agora a AMD lançou oficialmente os Ryzen 6000 Mobile de 6nm, onde o objetivo foi torná-los ainda mais eficientes do ponto de vista energético, colocando-os como extremamente atraentes para portáteis leves e de grande autonomia. Foi na CES que os 10 modelos Ryzen 6000 foram anunciados, claro, mas agora é que a empresa formalmente os lançou, com dados muito interessantes sobre a sua filosofia.

Com estes novos chips, a AMD vai atrás da Intel e desafia a sua hegemonia nos portáteis premium, onde a sua capacidade de reduzir significativamente o consumo energético será um argumento muito importante numa altura em que os utilizadores cada vez mais dão importância à autonomia, graças à emergência dos chips ARM para PC.

Inacreditáveis 24 horas de autonomia

Os novos Ryzen 6000nm são fabricados em litografia de 6nm e a marca indicia a possibilidade de muito em breve vermos portáteis equipados com os novos Ryzen e uma autonomia de 24 horas, valores que não seria credíveis apenas uma geração atrás, e num momento onde consideramos que um portátil é extraordinário quando tem mais de 10 horas de autonomia numa utilização normal, o que nem é nada de surpreendente num computador munido de um Ryzen. Os novos processadores deixam assim para trás a litografia de 7nm dos Ryzen 5000 e adotam a arquitetura Zen 3+, onde o “mais” é relativo à eficiência adicional.

Para gerir ainda melhor a autonomia, os Ryzen 6000 com a nova Power Management Framework, uma ferramenta que recorre a um algoritmo capaz de ajustar o desempenho do processador conforme a sua análise contínua de um conjunto de indicadores do portátil: temperatura, consumo, acústica, ajustando a frequência do processador em conformidade. É uma solução de gestão automatizada do perfil energético para otimizar a autonomia num cenário de utilização heterogénea, mas também é possível desligar a funcionalidade para estar sempre no máximo do desempenho ou optar pelo perfil de autonomia máxima.

Há mesmo um estado “PC6” onde o chip desliga quase por completo, exceto nas funções de autenticação e ligação ao ecrã, poupando bastante energia. No geral, a AMD parece ter reformulado fortemente a disposição dos diversos sub-componentes do processador de forma a poder iniciá-los ou desligá-los de forma mais independente e graduada, evitando consumos extra pelo iniciar simultâneo de componentes.

Ainda assim, potentes

Os AMD Ryzen podem, atualmente debitar excelente desempenho com baixo consumo, e com os novos Ryzen 6000 Mobile, a AMD quer certificar-se que no mesmo perfil energético os seus processadores conseguem superar os concorrentes Intel. É uma aspiração que teremos de confirmar quando tivermos comparações entre os Ryzen 6000 e os Intel de 12ª geração, mas com as alterações que a AMD fez, talvez seja possível sim, garantindo que a performance é maximizada onde necessário, mas poupando energia ao reduzir o consumo em funcionalidades acessórias.

Mas, para já, a AMD mostra-nos pelo menos que os seus chips de 15W superam a performance dos Intel de 28W de 11ª geração, o que é um indicador muito interessante.

Melhores que as gráficas dedicadas

A área do desempenho gráfico é um ponto onde a AMD parece ter ambições muito fortes para os seus AMD Ryzen 6000. Os novos processadores recorrem à Radeon 680M a 2.4GHz e 12 CU ou à Radeon 660M com apenas 6CU a 1.9GHz.

A AMD espera que estas gráficas integradas superem algumas das mais populares gráficas dedicadas de há um ou dois anos atrás, graças à utilização em paralelo das tecnologias AMD FidelityFX Super Resolution ou AMD Radeon Super Resolution, pelo menos porquanto utilizemos tarefas relativamente moderadas, como gaming nos settings mais moderados.

Mas a marca consegue ameaçar claramente as Intel Iris Xe que têm sido gráficas onboard muito respeitadas, tendo superado claramente a geração anterior destas gráficas.

Um caminho a percorrer

Existem áreas onde os AMD continuam atrás dos Intel para algumas necessidades específicas. Por exemplo, embora utilizem USB 4.0., a certificação Thunderbolt ainda não chega no futuro mais próximo, e o suporte para RAM DDR4 ainda não está também disponível, mas está planeado para o futuro.

Mas serão estes detalhes decisores importantes se todas as restantes promessas se cumprirem? Com a promessa de grande autonomia e performance gráfica integrada equivalente a GPU’s dedicadas de uma ou duas gerações atrás, o que permite adivinhar novos ultraportáteis muito capazes nos tempos vindouros.

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