As selfies podem ser ao mesmo tempo uma moda e uma praga. Um fruto do voyeurismo moderno em que todos procuramos um pouco de protagonismo nas redes sociais, mas igualmente uma nova forma de comunicação, as selfes são hoje em dia um argumento do marketing para muitos marcas de smartphones com câmaras e aplicações cada vez mais evoluídas para atraírem os utilizadores. No entanto, as selfies começam a mostrar ter um valor financeiro elevado para cibercriminosos.

Não é a primeira vez que vemos um problema de segurança relacionado com as selfies. Anteriormente, investigadores conseguiram clonar impressões digitais a partir dos dados exibidos em selfies.

O relatório exibido agora pela Sixgill não é tão específico: basta a selfie, basta a face.

Empresa Israelita que se especializa na análise da Dark Web, a Sixgill descobriu um fórum que vende informação completa de utilizadores, incluindo dados de identificação, comprovativos de morada, etc., mas incluindo agora também as selfies.

Se com apenas dados em bruto é possível criar sérios problemas aos utilizadores afectados, com as selfies incluídas é possível roubar identidades de modo à prova de escrutínio. Hackers e outros cibercriminosos podem utilizar estas informações para criarem perfis online completos e credíveis, com os quais podem depois disseminar ataques aos contactos ou praticar outras actividades criminosas online, como aceder a contas bancárias ou obter crédito através de aplicações financeiras que não requeiram videoconferência.

Alex Karlinsky, investigador da Sixgill não equaciona que paremos de difundir as nossas selfies online, mas alerta para a necessidade de não difundirmos ao mesmo tempo dados pessoais sensíveis e que permitam a nossa localização e identificação. Isto é particularmente importante quando colocamos essas informações online, ou quando as cedemos a terceiros cujas intenções não podemos totalmente verificar.

Especificamente, Karlinsky recomenda que não tenhamos fotografias da nossa identificação no smartphone, e muito menos fotografias nossas a segurar o cartão de cidadão.

Nesta era em que tudo é monetizável de modo legal ou ilegal, os utilizadores devem ter uma consciência crescente dos riscos que correm com a exposição excessiva nas redes sociais e no mundo online.

 

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