As baterias de lítio estavam bem e eram recomendadas, até que a Samsung lançou o seu Galaxy Note 7 e pôs as suas fragilidades à vista. Elas sofrem uma falha, incham como o ego de uma estrela de rock em ascensão e depois … transformam-se em elementos de risco e põem em causa a nossa segurança.

Numa nova pesquisa que foi publicada no Journal of the Electrochemical Society, cientistas da CLS (Canadian Light Source), decidiram investigar o que é que faz uma bateria de lítio chegar ao ponto em que deixa de ser nossa amiga, e torna-se uma ameaça à nossa segurança.

“Esse inchaço pode acontecer por muitas razões mas muitas vezes, é o resultado de sobre-aquecimento, sobrecarga ou outro tipo de condição de stress”

“Muitas baterias incham sem causar problemas. algumas até continuam a trabalhar sem problemas. mas o inchaço pode ser o primeiro passo no caminho para a explosão ou incêndio”

De forma a compreender o que se passava no interior de uma bateria de lítio, a equipa decidiu fazer uma TAC usando uma máquina de tomografia. Assim, conseguiram gerar uma imagem 3D antes e depois de uma bateria de lítio inchar.

Na prática, o que os investigadores descobriram, foi que existem certas imperfeições na forma como os electrões se dispõem em camadas, sendo que essas imperfeições tendem a ficar mais pronunciadas quando a bateria é posta numa situação de stress. Isso faz com que a forma da bateria seja afectada, dado que a pressão no interior da bateria deixa de estar distribuída uniformemente.

Até ao momento, relativamente aos casos recentes de baterias de lítio que explodiram e arderam, ainda não se sabe se estes estão relacionados com este efeito de inchaço. Ainda assim, é certo que estando um gás dentro da bateria, e sabendo que este gás é gerado pelas imperfeições que se acentuam entre as diferentes camadas da bateria, este é um dos problemas que pode levar à explosão da mesma.

O que é certo é que este tipo de estrutura em que assenta o fabrico das baterias de lítio tem graves problemas de segurança, isto graças à investigação levada a cabo por estes investigadores do CLS. Esta investigação tem ainda mais relevância se sairmos de um panorama de smartphones e tablets e passarmos para os veículos eléctricos. É que estes usam exactamente o mesmo tipo de bateria, só que numa escala muito superior.

Para já, fica a certeza de que esta equipa já deu os primeiros passos para compreender o que é que acontece dentro de uma bateria quando esta incha. Fica a esperança de que os fabricantes possam vir a usar essa informação de forma a melhorar o processo de fabrico e minorar os problemas que levam ao inchaço das baterias.

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