Lars Løkke Rasmussen, primeiro ministro da Dinamarca, falou hoje de metas ambiciosas para o combate aos combustíveis fósseis na Dinamarca. Durante a abertura anual oficial do parlamento dinamarquês, o actual primeiro ministro, pediu para que todas as partes trabalhassem juntas de forma a garantir que mais nenhum carro a gasolina ou diesel fosse vendido no país até 2030.

A mensagem foi muito clara:

Dentro de 12 anos – apenas 12 anos – encerraremos a venda de novos carros a diesel e a gasolina. E dentro de 17 anos, todo o carro novo (que seja vendido) terá que ser eléctrico ou uma outra forma de carro com emissões zero. Isso significa que até 2030, haverá mais de 1 milhão de carros verdes híbridos, eléctricos ou equivalentes na Dinamarca.

A verdade é que o actual governo na Dinamarca tem sido muito incerto no que diz respeito à adopção de outro tipo de mobilidade para além da existente com combustíveis fósseis, nomeadamente no que diz respeito às mensagens que tem passado. No entanto, esta declaração mostra claramente um forte ataque aos combustíveis fósseis. Ainda assim, o primeiro ministro dinamarquês assume que a tarefa não deverá ser simples de atingir:

É uma grande ambição e não será fácil de realizar, mas é exactamente por isso que devemos tentar. Só atingiremos esse objectivo se o parlamento estiver disposto a trabalhar em conjunto. A Dinamarca tem que concordar como um todo, como fazemos tradicionalmente. Desta forma, podemos também motivar outros países.

 

Actualmente, o país que mais tem contribuído para a mobilidade eléctrica é mesmo a Noruega. Para relembrar, no país nórdico 45% dos carros novos vendidos foram totalmente eléctricos, sendo que até 2025 espera acabar com a venda de veículos movidos a combustíveis fósseis.

Durante a próxima semana, o governo de Lars Løkke Rasmussen deverá apresentar um plano climático, que deverá apresentar mais detalhes sobre como a Dinamarca pretende atingir os seus objectivos.

O que é certo, é que a Dinamarca vai para o ano a eleições e, infelizmente, parece que a mobilidade eléctrica poderá mesmo fazer parte da campanha para angariar votos, correndo o risco de cair nas promessas não cumpridas pelos políticos. Aliás, Lars Løkke Rasmussen realçou mesmo a importância do plano climático que irá apresentar durante a próxima semana, não se tornar numa questão de combate nas eleições do próximo ano.

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