Lítio. Das mais vulgares pilhas às baterias que alimentam os Tesla do mundo, os iões de lítio têm movido o mundo electrónico, com perspectivas para assim continuarem a fazê-lo ao longo dos próximos anos, quiçá décadas. No entanto, nem o todo-poderoso lítio estará sempre no topo e cientistas da RMIT University em Melbourne criaram o primeiro protótipo funcional de uma pilha de protões.

Com uma capacidade crescente, as baterias de lítio prometem ganhar ainda mais autonomia com a adição de grafeno e encontram-se hoje em todos os pontos da nossa vida. Mas, dependendo de materiais raros, com métodos de extracção extremamente poluentes e uma reciclagem ineficaz, as baterias de lítio não são adequadas ao aumento das necessidades energéticas dos veículos eléctricos ou dispositivos conectados.

A bateria de protões da RMIT University, pelo contrário, não depende de lítio, mas de carbono, um metal mais comum e barato. Entretanto, o carbono libertado não é queimado nem lançado para o ar como fumo, criando uma fonte energética limpa.

A bateria agora criada funciona pela extracção de protões a partir da água, que são depois agregados aos eléctrodos de carbono. Para produção energética, os iões de hidrogénio são libertados e cada um perde um electrão que re-forma os protões que se combinam com oxigénio para formar água.

Ao contrário do que acontece nas células de combustível, não há produção de gás de hidrogénio, pelo que os cientistas conseguem prometer uma densidade energética ao nível das baterias de iões de lítio. Para já, claro, estamos apenas na fase de protótipo, com uma bateria de 1.2 volts. O futuro passará por aumentar a capacidade e densidade energética, recorrendo inclusivamente a materiais mais eficientes como o grafeno.

 

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