A Nissan revelou no Tokyo Motor show o seu novo concept, o eléctrico IMx que será autónomo, mas não deixará de conduzir autonomamente sem conhecer as preferências do condutor teórico. Mas, para os transeuntes, o Nissan IMx quer cantar para que todos o possam ouvir.

Em termos de estilo, o Nissan IMx é um óbvio crossover, com um traço geral bastante agressivo e velocípede. A Nissan equipou-o com com um interior minimalista e luxuoso dominado pelos painéis de madeira e LCD. Um carro claramente pensado para se viajar, talvez não tanto conduzir ao longo dos 600Km de autonomia com que a Nissan o quer equipar.

O espaço interior é amplamente exagerado pela aparente ausência de controlos de condução. Os pedais retraem e o volante esconde-se no tablier, não sendo uma coluna de direcção tradicional, mas eléctrica que comunica com o grupo motriz por via electrónica, sem contacto mecânico.

O ProPILOT é a tecnologia de inteligência artificial que a Nissan quer colocar a bordo do IMx com uma premissa bem familiar: o ProPILOT quer conhecer o condutor, e isso inclui perceber o seu estilo de condução, as suas acções e reacções perante ocorrências. Deste modo, o ProPILOT pode antecipar os comportamentos do condutor e ajustar-se, não simplesmente tomando conta da situação e substituindo-o, mas alterando e modulando o modo como as informações mais pertinentes lhe são apresentadas no HUD.

Por outras palavras, o Nissan IMx quer que o dono se sinta em casa e com um carro que realmente o conheça.

Cantar para espantar os males

Os veículos eléctricos possuem um problema de segurança intrínseco, consequência da motorização eléctrica: são silenciosos. Numa rua com bastantes peões barulhentos por natureza, a aproximação de um veículo eléctrico como o Nissan IMx pode não ser notada e colocar assim um perigo sério para os transeuntes.

A Nissan chama-lhe Canto e o vídeo abaixo mostra-nos um assobio electrónico que não ficaria deslocado de qualquer filme de ficção científica. Mais uma forma da vida a imitar a arte, supomos.

Graças ao seu iminente silêncio, os veículos eléctricos terão de produzir sons artificialmente por questões de segurança. Efectivamente, nos EUA já está em prática a regulamentação que forçará os carros eléctricos a emitirem sons abaixo de determinadas velocidades, quando o atrito no pavimento, a deslocação do ar e os obstáculos já não produzem nada verdadeiramente audível.

 

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