Amado, odiado e amplamente gozado, o entalhe no topo do ecrã do iPhone X é uma das marcas mais distintas do flagship da Apple. Não é sequer o primeiro smartphone a possuir um, e na guerra pela procura de um máximo de área de ecrã, também a Huawei pode lançar o futuro P11 com uma reentrância no topo do ecrã, segundo o XDA-Developers.

O XDA obteve essencialmente ficheiros de firmware para um Huawei ainda por oficializar e após a sua análise descobriram um overlay que parece confirmar um ecrã de cantos arredondados e um entalhe. Um ficheiro de configuração “ro.config.hw_notch_size” mais indica a presença do entalhe e valores numéricos que poderão ser as coordenadas de localização para os conteúdos no ecrã contornarem aquela área específica.

Huawei-P11-Notch

Outros pormenores do ecrã do possível Huawei P11 revelados pelo ficheiro de firmware apontam para uma resolução variável de 2244 x 1080 ou 2160 x 1080, diferença que é atribuída ao entalhe. O ecrã é indicado como um LCD Samsung EA8074 CMD TFT.

Nome de código Emily

A investigação do XDA revelolu que o nome de código do possível Huawei P11 é Emily, e estará presente em quatro versôes: EML-AL00, EML-L09, EML-L29 e EML-TL00. A exploração do ficheiro de hardware mostra que o Kirin 970 estará a bordo, tal como a funcionalidade Easy Projection que permite espelhar facilmente o ecrã do Huawei para um monitor externo ou televisão.

Estes são dados muito importantes que apontam para algumas características chave do Huawei P11, embora possam não ser definitivas. Certo é que o coelho saiu da cartola e deveremos ter muitas mais novidades em breve.

Aprender a amar o notch

Vou ser honesto: em si mesmo, o entalhe não tem nada de errado. Com o grande esforço das marcas para tentarem obter o máximo de ecrã activo por área de smartphone, o entalhe é uma boa solução para ganhar alguma área onde encaixar notificações e informações, sem tirar espaço para os sensores frontais, incluindo as câmaras.

O Essential Phone PH-1 foi o primeiro Android a surgir com este entalhe, mas de forma muito simples, para conter somente a câmara frontal. De seguida foi o Sharp Aquos S2, com uma abordagem idêntica.

O problema em ambos os smartphones é a necessidade das apps estarem optimizadas para usar este notch, caso contrário teremos um tremendo desperdício de ecrã. A solução da Huawei parece ser elegante: o display mantém as proporções 18:9 da moda, e obtém ali espaço extra para notificações, como um ecrã secundário reminiscente do LG V10.

Se bem se lembram, aquando da revelação do Honor V10, a Huawei mostrou um conceito de desbloqueio por reconhecimento facial que recorre a diversos sensores para mapear uma face em 3D. É difícil dizer se o entalhe estará relacionado com esta tecnologia.

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