Receber a próxima versão de um sistema operativo é, para muitos utilizadores, apenas uma possibilidade distante. Mas neste jogo de smartphones lançados e esquecidos, a HMD Global entrou com um compromisso difícil de manter: estar na dianteira das actualizações do sistema Android, algo que tem cumprido. Recentemente, um responsável da HMD indicou que os Nokia 3, Nokia 5 e Nokia 6 receberiam o Android 8 até ao final do ano. A parada subiu agora e a mesma HMD confirmou a actualização para o futuro Android P.

Feito à luz de um evento de lançamento nas Filipinas, a declaração pode ser vista no vídeo do site Nokia Revolution em directo no Facebook, a partir dos 40 minutos. A declaração não poderia ser mais bombástica, tendo em conta que a regra que prevalece é a actualização para um único novo sistema operativo, sendo o compromisso da HMD com os dispositivos Nokia sem precedentes.

Quais Nokia serão actualizados?

A promessa feita é extremamente ampla, e assumimos neste momento todos os smartphones Nokia lançados até agora, especificamente os Nokia 3, Nokia 5, Nokia 6 e Nokia 8. Um eventual Nokia 9 ou um misterioso Nokia 7 poderão seguir-se e deverão igualmente ser actualizados para o futuro sistema operativo.

Fala-se já nos seus sucessores e esses também deverão receber o Android P. Estas declarações devem de qualquer modo ser vistas à luz do facto de que os Nokia têm sido lançados com o Android Nougat a bordo e a actualização para o Android Oreo é natural. Para o Android P, nem tanto, daí a nossa completa surpresa.

No entanto, a HMD lançará ainda de certeza o Nokia 2. Restará saber se este dispositivo poderá receber o Android 9 ou Android P quando este for lançado.

Ora, em Maio a Google anunciou o Android Go, uma versão mais leve do seu sistema operativo que poderá ser usada preferencialmente em equipamentos modestos. Nada me leva a pensar que o Android P não tenha igualmente uma versão leve que encaixe no Nokia 2.

Uma postura sem precedentes

Vou ser muito directo aqui: é difícil pensar em obter um smartphone que não seja actualizado regularmente e para os sistemas operativos que se lhe seguem. Uma boa razão pela qual muitos smartphones Chineses são baratos é pelo distanciamento que as marcas colocam entre si e os seus dispositivos, não gastando posteriormente somas importantes em desenvolvimento das ROM e das actualizações. Em boa medida, a expansão alucinante destas marcas torna-se quase incompatível com a manutenção e longo prazo de um longo número de equipamentos. Falamos de literalmente perto de duas dezenas de dispositivos daqui até ao Android P, se virmos a cadência de lançamentos.

Comprar algumas marcas é simplesmente abandonar a esperança de qualquer actualização, daí que a postura da HMD seja revolucionária. Com o que poderão ser cerca de dez modelos em circulação até ao final de 2018, a HMD estará a fazer um esforço que não fazem marcas maiores, ou com menos dispositivos.

Perante esta postura, não há dúvidas de que a HMD quer que os Nokia sejam uma opção de escolha primordial para aqueles que se importam com a adequada actualização e durabilidade dos seus dispositivos.

 

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