Não será já surpresa para os nossos leitores que a Huawei se prepara para lançar dispositivos com o seu sistema operativo HongMeng OS/Oak OS, caso o diferendo entre a marca e o governo Americano não se resolva. Ou quiçá, mesmo que se resolva, porque mais vale prevenir, que remediar. Segundo os mais recentes dados, a Huawei poderá já ter pelo menos um milhão de equipamentos com o novo sistema operativo, mas o Huawei Mate 30 não será um deles.

E faz sentido, considerando que apesar do Mate 30 não ser lançado antes de Outubro ou Novembro, o dispositivo já existe ainda que em forma de desenvolvimento, e o embargo Americano só se aplicará a dispositivos futuros.

Segundo o analista Guo Mingxi, o mais provável é que os futuros equipamentos com HongMeng OS sejam de gama baixa para o mercado Chinês, onde os requisitos do mercado são diferentes e os consumidores estarão mais receptivos a uma alternativa ao Android, por comparação aos mercados Europeus. Ainda assim, é possível que a Huawei consiga ultrapassar os 200 milhões de unidades vendidas, particularmente se se libertar do Android e continuar a lançar modelos com o sistema operativo alternativo.

O cenário à frente dos EUA começa a não ser agradável, com vozes internas a procurarem obter uma extensão da licença de comércio da Huawei por mais três anos, considerando o impacto negativo que a perda deste parceiro comercial terá na indústria Americana. Por outro lado, a ideia de que atirar-se a um sistema alternativo permitirá à Huawei ultrapassar os 200 milhões de unidades, certamente tira alguma capacidade de negociação ao séquito de Trump.

Pior do que isso, parece no desenvolvimento do seu HongMeng, a Huawei se aliou à gigante Tencent, e os dispositivos estão em teste já na China, inclusivamente com representantes da Oppo e Vivo. Pertencentes à BBK, também responsável pela OnePlus, Oppo e Vivo são dois grandes nomes que mostram como, pela primeira vez em muitos anos, um sistema operativo pode recolher suficiente apoio de marcas no top, para destronar o Android, com o que poderia ser um resultado catastrófico para a Google e, consequentemente, para a economia Americana.

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