A frase tem peso: como pode o Huawei Nova 3 ser um dos mais inovadores Huawei de sempre? No seu percurso, a marca Chinesa tem equipamentos extraordinários, principalmente nas séries P e Mate e a família Nova não é suposto levar com predicados tão imponentes. No entanto é a própria Huawei quem coloca o Nova 3 num novo segmento de mercado entre a gama média e a gama estritamente alta, ao mesmo tempo que o equipa com o primeiro sistema de reconhecimento facial 3D da marca.

Foi já em Novembro de 2017 que a Huawei mostrou pela primeira vez a sua visão do que seria um sistema de reconhecimento facial 3D capaz de fazer frente à Apple. No entanto, este sistema falhou em se materializar até agora, e cabe ao Nova 3 a honra de ser o primeiro Huawei com um sistema de reconhecimento 3D via infravermelhos que permite mapear a face com segurança suficiente para autorizar não só os irritantes emojis 3D, mas também os mais úteis pagamentos wireless. Embora o reconhecimento facial não seja uma novidade, nem mesmo a Samsung aceitou permitir pagamentos via Samsung Pay com reconhecimento facial. A afirmação de que o sistema da Huawei o permite é uma afirmação de monta em termos de protecção do utilizador. Voltaremos às câmaras mais à frente.

Ainda no exterior, a Huawei não compromete e o design plano em metal e vidro, com as câmaras alinhadas na vertical esquerda, é reminiscente do melhor que a marca ofereceu com o Huawei P20.

Grande novidade no Huawei Nova 3 é a aposta no Kirin 970, o mesmo chip que tem equipado os topos de gama da marca desde o Huawei Mate 10. O seu sucessor poderá ser anunciado já em Novembro, mas ainda assim é uma grande quebra de tradição para a Huawei equipar o Nova com um chip destinado às gamas superiores, com o que o Nova 3 estará numa posição muito competitiva, mobilizando não só a potência pura deste octa-core de 10nm com 5.500.000 de transístores, mas também a sua NPU que aplica inteligência artificial não só às câmaras fotográficas, mas também à manutenção geral do dispositivo, mantendo-o rápido com o acumular de utilização.

Ao chip podemos juntar ainda 6GB de RAM e até 128GB de armazenamento interno e quatro câmaras principais. As duas principais possuem 16MP+24MP e são efectivamente uma combinação RGB e monocromática, e além da inteligência artificial no reconhecimento de cenas, um ponto de elevado destaque é que o Nova 3 deverá ser o primeiro smartphone do mercado capaz de fazer a preview das imagens e vídeos em HDR. Numa situação normal, o utilizador só vê o resultado final do HDR.

À frente, o Huawei Nova 3 apresenta uma câmara de 24MP f/2.0 para as selfies, a câmara de 2MP estando lá muito provavelmente para auxiliar na medição da profundidade de campo e criação de efeitos de bokeh. De realçar que efeitos especiais em tempo real para vídeo estarão disponíveis numa futura actualização.

O ecrã confirma-se como uma unidade 19.5:9 com notch, 6.3 polegadas de diagonal e resolução 1080 x 2340, e a bateria possui 3750mAh, enquanto que o último destaque de hardware vai para a presença do jack áudio de 3,5mm, ausente do Huawei P20 para desconsolo de muitos utilizadores. O sistema operativo será o Android 8.1 Oreo com EMUI 8.2.

Preço e disponibilidade do Nova 3 noutros mercados, incluindo o Português, encontram-se ainda sujeitos a confirmação. No entanto há que dizer que este é dos mais capazes Huawei lançados em tempos recentes, mostrando muito poucas restrições face à pura gama alta, e sendo uma lufada de ar fresco e dinamismo após demasiados dispositivos de gama média com hardware praticamente idêntico.

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