Huawei, uma das tecnológicas que mais gasta em investigação e desenvolvimento, com um orçamento que pode chegar aos $20 biliões em 2019, não é empresa que se contente em colocar uma inovação no mercado em segundo lugar. É por isso que fontes ligadas à Huawei indicam que a marca fará tudo para lançar o primeiro smartphone dobrável do mundo, batendo a Samsung na linha de chegada.

Não é a primeira vez que a Huawei consegue uma proeza do género. Em 2015, o Huawei Mate S foi o primeiro smartphone oficializado com Force Touch, passando à frente do iPhone. Se essa tecnologia parece estar para já dormente e esquecida, a próxima grande competição será relativa aos smartphones dobráveis com ecrã flexível. Se os esforços da Samsung antecedem os de qualquer outra marca e figuram mais frequentemente nos media, a Huawei também está a trabalhar na sua própria abordagem e quer mesmo chegar ao mercado primeiro.

Tal como no caso do Huawei Mate S, cuja versão com Force Touch nunca passou de uma raridade, a Huawei está disposta a colocar o dispositivo em circulação, mesmo que em números limitados, nas mãos de 30,000 ou menos utilizadores antecipados, com o objectivo de agarrar a cobertura mediática e se afirmar como um nome na dianteira da inovação de pleno direito. A Samsung, por outro lado, parece esperar até 3 milhões de dispositivos dobráveis ao longo de 2019.

O golpe publicitário para a Huawei será extraordinário, mas não isento de riscos, tal como em 2014, quando o Ascend P7 recebeu uma edição especial com vidro de safira por razão nenhuma que não o rumor de que a Apple faria o mesmo.

Um tablet, um smartphone, um Huawei

As especificações técnicas do futuro Huawei dobrável são ainda um mistério, mas as fontes do NIKKEI indicam que possuirá um ecrã de 7.3 polegadas, e espessura aberta sensivelmente idêntica à dos iPhone 8 e iPhone 8 Plus. O preço, poderá variar entre $1,500 e $2,000.

Os riscos dos smartphones dobráveis

Embora o mundo da tecnologia aguarde ansiosamente os smartphones dobráveis, não podemos esperar que estes dispositivos cheguem ao mercado em 2019 com o mesmo grau de utilidade que os smartphones convencionais. Serão dispositivos experimentais e com público bem definido, mas inúmeros desafios estão ainda em cima da mesa quanto à durabilidade dos ecrãs, à capacidade das baterias que terão que ser dobráveis também.

O risco para a Huawei é chegar ao mercado com um dispositivo que ganhe a fama de pioneiro, mas não particularmente notável. A marca Chinesa, no entanto, tem um bom historial de superar as expectativas, por isso se alguém consegue neste momento passar à frente do colosso que é a Samsung, é mesmo a Huawei.

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