John Chen não é apenas mais um CEO. Chen é o líder da BlackBerry que percebeu os ventos de mudança e transformou a BlackBerry de uma empresa a afundar-se, numa marca lucrativa e premiada com soluções de software muito procuradas no mundo mobile, empresarial, ou automotivo. John Chen é, no mínimo, um homem perspicaz, que neste momento não acredita na utilidade dos smartphones dobráveis, e levanta boas questões sobre eles.

Os smartphones dobráveis são a grande loucura de 2019, e praticamente todas as marcas estão empenhadas em revelar este novo tipo de smartphone. A Samsung apresentou o Galaxy Fold, a Huawei apresentou o Mate X, e outras marcas têm já protótipos ou conceitos, inclusivamente a TCL que é hoje em dia a detentora da marca BlackBerry.

Para Chen, que não deixaria ninguém na sua empresa comprar um dobrável (excepto para testes), os smartphones dobráveis são demasiado caros e não apresentam suficiente inovação. Chen não antevê mesmo grandes revoluções mobile nos tempos próximos, não depois do reconhecimento facial, leitura de íris, ou impressões digitais.

O CEO da Blackberry não está errado. Os smartphones dobráveis são interessantes e poderão ser vistos como uma boa resposta às quebras de vendas dos smartphones tradicionais, mas a primeira geração destes dispositivos ainda tem muito que provar até se tornarem realmente interessantes para uma utilização polivalente. O seu apelo tecnológico pode, no entanto, sobrepor-se a todas as reservas e mesmo ao seu preço exorbitante.

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