Em 2016, a fabricante de smartphones TCL comprou os direitos de produzir dispositivos BlackBerry. O seu primeiro dispositivo emblemático foi o BlackBerry KeyOne, lançado no ano passado durante o MWC. Este ano os executivos da BlackBerry festejam no MWC sobre o quão bem sucedida foi a BlackBerry.

Francois Mahieu é o responsável pelo marketing da marca, e Alain Lejeune é o gerente geral global da BlackBerry Mobile. Os dois falaram com o The Verge afirmando que todas as conquistas da Blackberry em 2017 foram positivas, incluindo que o KeyOne está disponível em 50 países e é vendido por mais de 100 operadoras móveis.

No entanto, que a BlackBerry apenas vendeu cerca de 850 000 unidades em todo o ano de 2017 foi curiosamente excluído das suas declarações. Isto não é apenas para o KeyOne, são as vendas totais de todos os dispositivos da marca no ano passado.

A venda de menos de um milhão de smartphones no período de um ano é bastante decepcionante. O Essential enviou apenas 90 000 smartphones em 2017, mas o seu primeiro dispositivo não chegou às mãos dos utilizadores até Agosto, e a empresa não tem histórico de marca para consegui um grande lançamento. A BlackBerry tinha dispositivos nas prateleiras durante todo o ano e tinha décadas de história, 850 000 não é um número muito famoso.

Esta sensação de missão cumprida por parte da marca apenas se compreende se, de facto, a fasquia estabelecida no ano passado tivesse sido baixa.

O problema que a BlackBerry enfrenta é a simultânea vantagem e a desvantagem do nome da marca no mundo dos smartphones modernos. A marca tem reputação de segurança. A BlackBerry corre agora Android, dando aos utilizadores acesso aos milhões de aplicações da Google Play Store, mas muitos consumidores não sabem disso. Este é um enorme obstáculo que a empresa tem de contornar.

Em última análise, a BlackBerry tem um difícil caminho pela frente se quiser destacar-se neste mercado saturado.

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