Este ano, o chão da IFA de Berlim é chão que continua a dar frutos e o certame só começa mesmo a sério amanhã. Desta feita, eis aqueles smartphones que por momentos cheguei a pensar que não existiam: o Motorola One e o Motorola One Power, uma abordagem diferente à postura da Motorola que não perde de vista o oferecimento de dispositivos com bons preços e especificações, mas que reformula aqui a sua estética e nos dá dois novos integrantes do programa Android One. E os dois novos Motorola não são sem mérito.

Design melhor que o esperado

Deixem-me começar por este ponto de extrema importância: desde o início que foi severamente crítico da estética destes dispositivos, pela sua colagem excepcional ao iPhone X, ponto que realmente me levou a duvidar que os dispositivos existissem nesta forma e que o recente P30 seria apenas um rebranding ZUK.

Agora que os Motorola One e Motorola One Power chegaram, a herança estilística do iPhone X não lhes escapa totalmente, mas o resultado final é sinceramente mais agradável do que esperado, e menos óbvio em termos de colagem ao iPhone, principalmente no caso do Motorola One que possui duas câmaras alinhada na vertical, mas não num módulo externo per se. O resultado é inegavelmente esbelto, se bem que sinto já a falta da estética habitual da Motorola.

Especificações sólidas

Os dois dispositivos possuem diferenças menores no exterior, mas o hardware possui discutivelmente algumas diferenças bem mais fundamentais. Assim, ambos os dispositivos possuem um perfil de ecrã idêntico, em ambos os casos FHD+, mas o ecrã do Motorola One Power é algo maior com 6.2 polegadas, face às 5.9 polegadas do seu irmão mais contido.

Em termos de processamento, o Motorola One Power leva vantagem ao mobilizar um Snapdragon 636, processador que parece estar em grande neste certame com pelo menos dois novos equipamentos, os HTC U12 LifeBlackBerry Key2 LE, e vê-se acompanhado de 4GB de RAM e 64GB de armazenamento interno. O Motorola One mantém a memória, no entanto apresenta um já antiquado Snapdragon 625 que ainda assim manterá uma performance muito razoável e uma autonomia apreciável para a bateria de 3000mAh. Este é, enfim, outro ponto onde o Motorola One Power realmente ganha pontos, com 4850mAh de bateria, um valor extraordinário, tendo em conta o processador a bordo e a sua reconhecida eficiência energética.

Em termos de câmaras, o Motorola One Power apresenta uma câmara de 16MP emparelhada com uma secundária de 5MP, enquanto a frontal é de 12MP. Face a isto, o Motorola One mobiliza duas câmaras de 13MP e uma câmara frontal de 8MP. De facto, qual dos setups será melhor é difícil de dizer neste momento: são simplesmente diferentes, e teremos que ver se qualquer um deles possui funcionalidades significativamente diferentes.

Para quem estes Motorola são

Nem o Motorola One, nem o Motorola One Power têm já uma data prevista para a chegada ao mercado Europeu, onde o seu valor poderá rondar os €300 para o mais modesto Motorola One.

Tudo somado, estes dispositivos foram claramente feitos pela Motorola para oferecerem um máximo de especificações sem aumentar demasiado o preço. A procura de equilíbrio é bastante notável, por exemplo quando olhamos para o facto do Motorola One possuir um corpo de vidro, enquanto o Motorola One Power aposta num corpo de policarbonatos, pelo que não há porque dizer que um deles é decididamente superior ao outro. Pelo contrário, encontramos posturas algo diferentes, onde o One aposta na construção, o One Power na performance e hardware.

Quanto a quem estes smartphones se dirigem, é difícil dizer, posto que uma boa parte da aposta parece ser mesmo no design aproximado ao do iPhone X, cativando um público que gosta desta estética, enquanto oferece uma experiência de Android Puro com Android 8.1 Oreo. Para os mais conhecedores, o grande argumento será mesmo a pertença ao programa Android One, com o qual vêm dois anos de actualizações de sistema operativo e três anos de suporte em patches de segurança.

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