Oh OnePlus, aquilo em que te tornaste! Será isto um lamento ou uma ode? Não esqueceremos tão cedo as origens “modestas” da OnePlus, essa marca da gigante BBK que quis matar os flagships desse mundo, oferecendo equipamentos ditos topo de gama a preços inacreditáveis. Com o OnePlus 7 Pro, a OnePlus certamente entra numa era completamente diferente das suas origens: a flagship killer é agora uma fabricante de flagships, carros-chefe como diriam os nossos congéneres Brasileiros, e disso não há dúvidas.

 

O OnePlus 7 e o OnePlus 7 Pro são incrivelmente parecidos com o OnePlus 6T, menos um pouco o Pro, com a sua câmara selfie pop-up, e por isso não há grandes supresas no design. As coisas são diferentes em termos de hardware, com uma aposta muito mais clara em câmaras de topo e áudio.

Mas não podemos esquecer-nos do ecrã AMOLED. São 6.67 polegadas QHD+, que o DisplayMate atirou para os melhores ecrãs do mercado. O ecrã é fabricado pela Samsung e a probabilidade de que seja geralmente idêntico aos dos Galaxy S10 é francamente elevada, mas o ecrã do OnePlus tem pelo menos uma vantagem, em que tem uma taxa de varrimento de 90Hz, capaz, por isso, de imprimir maior suavidade às animações, mas tornando-se mais relevante em jogos. Não admira que a OnePlus lhe chame Fluid AMOLED, certo? De resto, o painel também é compatível com o padrão HDR10+ e inclui um leitor biométrico de 3ª geração, que promete ser mais rápido e certeiro do que as gerações anteriores.

Em termos de multimédia, o OnePlus 7 Pro não se fica pelo ecrã. Um bom ecrã exige bom áudio e o Pro conta com altifalantes estéreo com tecnologia Dolby.

Falamos de multimédia, portanto chegamos às câmaras do que é o primeiro smartphones da OnePlus com 3 câmaras principais. A OnePlus foi pelo caminho da hiper-resolução, mobilizando o Sony IMX586 de 48MP, com abertura de f/1.6. Com esta abertura, e pixéis de 0,8 micrómetros, a difracção é sempre um risco, mas o objectivo aqui é criar uma imagem de 12MP, emparelhando pixéis 2 a 2 para recolher mais informações quanto a luminosidade, detalhe e gama dinâmica. Este sensor será capaz de muitas e maravilhosas coisas, inquestionavelmente.

Entretanto, uma câmara de 8MP está lá para zoom 3X, enquanto a câmara de 16MP tem ângulo de visão de 117º. As câmaras não possuem (pelo menos para já) câmara ultra-lenta, mas não me parece um dealbreaker. A câmara frontal apresenta depois 16MP, num módulo pop-up que foi testado até 300,000 ciclos e que é recolhido quando o acelerómetro detecta que o smartphone cai.

Quanto ao hardware interno, contamos com o Snapdragon 855, e poderemos ter até 12GB e 256GB de armazenamento em memórias UFS 3.0, x capacidade de escrita e leitura insuperáveis.

A bateria é de 4000mAh com Warp Charge 30, que a OnePlus destaca pela sua capacidade de carregar sem aquecer o dispositivo, para que possamos mantê-lo em acção durante o carregamento.

O OnePlus 7 Pro estará disponível em Gradient Blue, Mirror Gray e Almond. Será um smartphone tão completo e espetacular quanto a OnePlus alguma vez criou. Não será perfeito. Podemos apontar-lhe a ausência teimosa do jack de 3.5mm numa altura em que as marcas parecem compreender que o mercado não quer tretas, e também poderíamos pensar que uma certificação IP poderia ser importante, mas aqui defiro para a OnePlus que nos diz que a ausência de certificação não compromete a durabilidade do dispositivo.

Portanto, tudo somado, o OnePlus 7 pro parece ter tudo para se bater com os melhores. Não com retórica, não com slogans, mas com especificações puras e duras.

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