A Samsung foi uma pioneira no fabrico de chips em 10nm, mas a TSMC aproveitou esta vitória da Samsung para saltar directamente para a litografia de 7nm. É esta vantagem que pode agora valer-lhe o contrato para produzir o futuro Snapdragon 845.

Segundo relatórios na imprensa internacional, a Qualcomm quer definitivamente passar para os 7nm para a sua próxima geração de chips de gama alta, nomeadamente o Qualcomm Snapdragon 845. Nesta área, a TSMC já possui uma ampla experiência, já que é esperado que comece a produção de chips de 7nm para a Apple ainda este ano.

A Samsung, pelo contrário, só na segunda metade de 2018 deverá começar a produção destes chips. Esta opção colocaria o Snapdragon firmemente no território dos 10nm, e só em 2019 poderia a Qualcomm dar o salto geracional para os 7nm, na melhor das hipóteses.

Mas esta não é uma opção desejável, face à ameaça da Apple e da MediaTek, que já estará a trabalhar no seu próprio chip de 7nm.

A Qualcomm também não terá sido particularmente favorecida este ano, com a parceria com a Samsung. A escassez de chips 835 levou a que diversos fabricantes optassem pelo mais antigo Snapdragon 821, enquanto outros continuam à espera de fazer chegar ao mercado os seus equipamentos com Snapdragon 835. Para a próxima geração de plataformas Snapdragon, a Qualcomm deverá querer minorar os atrasos e aumentar a disponibilidade do chip para todos os parceiros.

Para a Samsung, o fim desta parceria significa grandes perdas para a divisão de semicondutores, que tem na Qualcomm 40% dos seus rendimentos, isto apps ter perdido a Apple, também para a TSMC. Mas a Samsung deverá equilibrar as perdas com a sua aposta em litografias ainda mais avançadas, ponto em que poderá retomar o fabrico de chips de alta gama. Entretanto, a aposta da Samsung nos 10nm garantirá que que Coreana poderá continuar a fabricar grandes quantidades de chips de gama média para contrabalançar a perda da Qualcomm.

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