Para a geração 2020 do seu Omen 15, a HP escolheu um novo look mais simplificado que inclui o novo logótipo da Omen e linhas muito mais discretas do que estamos habituados a ver num portátil de gaming, o que significa que o podem usar para um máximo de diversão, sem ficaram mal nos momentos mais formais. Mas, o melhor é que, por dentro o HP Omen 15 é apropriadamente um terrífico portátil de gaming, munido de um potente Intel Core i7-10750H e uma gráfica NVIDIA GeForce RTX 2070, para se certificar que não falta capacidade para jogar os nossos jogos AAA favoritos.

Trá-lo pelos jogos, leva-o para o escritório

O HP Omen 15 faz parte de uma nova geração de potentes máquinas de gaming que não se esforçam para serem notadas. Os ângulos arrojados de gerações anteriores foram substituídos por um chassis mais retangular e simplificado que é infinitamente mais discreto. É claro que as ventoinhas duplas na planta do Omen, atrás de uma ampla rede de ventilação máxima certamente alertam qualquer um para o facto deste portátil ter sido feito para cargas pesadas.

Em negro, o Omen 15 não foge muito à estética de um portátil empresarial. A sua construção é francamente típica de um portátil de gama média, recorrendo a um chassis de metal para acolher o teclado e dar ao utilizador uma base de apoio bastante sólida, enquanto o ecrã tem uma concha de plástico que mostra alguma maleabilidade.

Não faltam opções de conectividade no Omen 15, com as laterais perfuradas com portas USB-A, RJ-45, DisplayPort, USB-C, HDMI, Ethernet, jack para áudio e leitor de cartão SD.

Queimar na performance, não nos dedos

A nossa unidade de testes representa a configuração máxima do Omen 15. Se querem poupar algum dinheiro, podem começar por um Omen 15 com 8GB de RAM, AMD Ryzen 5 4600H e NVIDIA GeForce GTX 1650 Ti com 4GB de RAM. É um setup muito adequado praa quem está a começar e procura um portátil de jogos equilibrado e capaz, que não esgota aí o seu potencial. Mas, na nossa configuração de testes temos uma verdadeira besta com um Intel Core i7-10750H a 2.6GHz, 16GB de RAM, um SSD Samsung de 1TB, gráfica RTX 2070 com 8GB de RAM e um monitor de 3840 x 2160.

Em alumínio, o apoio das mãos é bastante sólido e eficaz. Acima de tudo é razoavelmente fresco. Claro que com algum gaming a puxar por tudo, o Omen vai aquecer, mas não tanto quanto alguns portáteis menos potentes que já passaram por mim, talvez porque a refrigeração dá um coice e sopra como se isto fosse um A400 a levantar voo. Jogar durante algumas horas sem desconforto é claramente possível neste setup, tirando o máximo proveito quer da capacidade gráfica, quer do excelente ecrã 1440p.

A performance, é, de resto, irrepreensível. A pontuação no Time Spy do PC Mark está entre as melhores e vaticina prestações muito boas nos principais jogos do momento. Deixando de lado os benchmarks sintéticos, na prática o Omen 15 não teve problemas a correr War Thunder ou World of Warships com tudo no máximo e nem sequer acusou esforço. Não é preciso jogarmos simplesmente os jogos mais exigentes, mas é sempre um momento especial jogarmos os nossos favoritos com tudo o que têm para dar.

Não vou aconselhar que puxem por tudo com a bateria ligada, ou vão notar uma queda abrupta da bateria. Uma hora de gaming, talvez, o que serve para uma emergência ao almoço para matar um pouco o vício.

Boa tarde, tem mais bateria?

Sim, a bateria é talvez o calcanhar de Aquiles do Omen 15. Não me é de todo preocupante que com um jogo como War Thunder a bateria não consiga ultrapassar uma hora. Poucos portáteis de gaming são feitos para rebentar escalas neste campo.

Por outro lado, em utilização quotidiana, nomeadamente escrever artigos como este e navegar pela net deram-me uma média de três horas de utilização, o que não é totalmente fantástico para quem realmente usar este portátil para fins laborais que incluam viagens e reuniões.

Deleitem os olhos no ecrã

É isso: o Omen 15 traz-nos um excelente ecrã com resolução FHD e um excelente nível de brilho. A maior parte das vezes dei por mim a reduzir o brilho para valores mínimos, pelo que não teremos de ter medo da luz. As cores intensas com contrastes muito ricos são claramente vocacionadas para gaming e algum multimédia: a palete de cores e detalhes é sublime em qualquer um dos casos.

A HP dá-nos como specs um brilho máximo de 300 nits e 100% do espaço de cor DCI-P3. São predicados muito bons para garantir que os gráficos são realistas, ricos, dinâmicos e a taxa de atualização de 300Hz garante animações muito fluídas nos jogos.

A HP oferece ainda a possibilidade de um ecrã 4K, mas o painel FHD com é francamente atraente. Vá, não imagino que haja muitos fãs de Bridgerton a apostar em portáteis de gaming, mas até uma série “histórica” ganhará outra vida num ecrã destes. Não sei, não vi a série.

Ouçam-me rugir

Já falamos da performance visual do Omen, já falamos da performance como um todo, mas as colunas Bang & Olufsen têm algo a acrescentar. As ventoinhas ao máximo podem tornar-se algo notáveis, é certo, mas o sistema de áudio a bordo compensa com uma performance muito boa.

As colunas têm certamente coice suficiente para fazerem transbordar algum detalhe de fundo, a par com a profundidade dos graves para dar mais estrutura à violência. O software de controlo de áudio a bordo permite-nos ajustar a saída de áudio para múltiplas utilizações, incluindo jogos, cinema e música, pelo que não temos de viver com o mesmo som para tudo e há certamente um dramatismo adicional para os gamers quando as colunas são ajustadas.

Por outro lado, embora não o tenha utilizado nestas circunstâncias, o Omen inclui dois microfones para garantir que nos ouvem bem em reuniões e streaming, pelo que voltamos a ter que dar à HP uma nota positiva pela polivalência do seu portátil.

Clica, clica, clica, o dia todo a clicar

A HP optou por um teclado potenciado para gaming. Abdicou de um teclado numérico propriamente dito, mas as teclas direcionais têm um bloco próprio e dimensões muito razoáveis. Teclas como o backspace são algo mais pequenas do que estou habituado em outros portáteis HP, mas a escrita é uma experiência muito gratificante.

As teclas têm um “clique” muito agradável e estão muito bem amortecidas, parecendo-me que são confortáveis para quem vai passar algum tempo a escrever a nível profissional, não somente a jogar. Fora o falhar alguns acentos por não estar habituado às teclas, escrevi certamente a uma velocidade acima do normal, com pouca fadiga nos dedos e isso é um dos pontos altos deste portátil para jogos que servirá perfeitamente como máquina de trabalho para qualquer necessidade. O movimento é algo “emborrachado”, mas suave e confortável, que se presta a uma utilização sem restrições.

Nota para a decoração RGB. Embora os modelos de gaming mais recentes apostem na coloração única, a versão que recebemos tem uma “clássica” iluminação RGB que encanta a vista.

Conclusão

O que faz do HP Omen 15 uma máquina impressionante, afinal?

O portátil de gaming da HP é uma máquina especial na combinação de características que coloca em cima da mesa. Por um lado, o hardware é perfeitamente capaz para saciar gamers com avidez por gráficos de qualidade superior. A sua performance é irrepreensível, principalmente se considerarmos que não chega a aquecer-nos demasiado as mãos, e aquele ecrã é sublime para qualquer conteúdo.

Por outro lado, o excelente teclado e ecrã, aliados a um design discreto não limitam o utilizador a ser um gamer. Longe disso, o Omen 15 tem todo o ar sério de um computador profissional capaz de esmagar com a mesma facilidade uma folha de excel de 100 mil linhas ou um boss no nosso jogo favorito.

A pouca autonomia e o peso expectável são os únicos parêntesis na sua portabilidade. Mas, tudo somado conseguem imaginar o gozo que é abrir o portátil e saber que será igualmente impressionante em qualquer trabalho ou lazer para o dia? A tranquilidade? Gaming ou trabalho? Oh, porque não o melhor para os dois mundos?

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