Os computadores portáteis podem ser facilmente subdivididos em função da sua vocação ou público-alvo, mas no caso do Lenovo Yoga 720 esta categorização é difícil. Convertível, com hardware poderoso e dimensões generosas, o Lenovo Yoga 720 é um equipamento de luxo para quem quer tudo, sem comprometer em absolutamente nada.

Características

O Lenovo Yoga 720 tem todo o hardware que esperamos encontrar num portátil tradicional, em vez dos componentes pensados para a economia que são mais comuns nos 2-em-1.

Encontramos no nosso exemplo de testes um Intel Core i7-7700HQ com 16GB de RAM e um SSD de 500GB e ainda uma gráfica Nvidia GeForce GTX 1050 com 2GB de RAM dedicada.

O pronto fraco no hardware será a conectividade limitada. Apesar do grande tamanho do equipamento, o Lenovo Yoga 720 possui um carregador com entrada dedicada, o que tira o lugar a uma porta USB. Destas, duas portas são USB legacy, enquanto uma outra é USB-C Thunderbolt 3. Portanto, não temos HDMI out nem ethernet, e necessitaremos de uma doca externa para acedermos a funções extra.

Processador: Intel Core i7-7700HQ
Sistema operativo: Windows 10 Pro
RAM: 16GB
Armazenamento: 500GB PCIe SSD
Ecrã: 15.6 polegadas, 2K
Placa gráfica: NVIDIA GeForce GTX 1050, 2GB RAM
Bluetooth: Bluetooth 4.1
Portas: 2 USB 3.1, 1 Thunderbolt 3, jack áudio

Design sóbrio e resistente

Os Lenovo Yoga 700 são o expoente máximo do portefólio de portáteis 2-em-1 da Lenovo e, justamente, do melhor que podemos encontrar no mercado. Mas, com um peso de 2Kg, o Lenovo Yoga 720 exige uma construção sólida para proteger a sua integridade à medida que o ecrã é rodado até aos 360º possíveis.

O design é discreto e institucional, com um fino remate em metal natural em torno da base e do ecrã, nada mais para insinuar luxo ou ostentação. Até as colunas JBL se encontram na base, escondidas, e utilizando as superfícies de repouso como superfície de ressonância para melhorar o som.

Portanto, este design cumpre as expectativas e mostra-se extremamente sólido, com o ecrã bem fixo em qualquer ângulo, e nenhuma distorção apreciável durante a utilização. O único senão é que o ecrã mostrará alguma tendência a abanar quando utilizamos a função touch.

Experiência de utilização é um hino à polivalência

Performance

O Lenovo Yoga 720 chega-nos às mãos com um impressionante Intel Core i7-7700HQ, 16GB de RAM e uma gráfica Nvidia GeForce GTX 1050 com 2GB de RAM dedicada. É incontornável que, com estas especificações, o Lenovo Yoga 720 oferecerá uma performance elevada, quaisquer que sejam as circunstâncias.

De facto, o equipamento está extremamente à vontade na mais básica das tarefas, navegando à vontade na Internet, mas aguentando tarefas bem mais pesadas como a edição de vídeo e de imagem sem qualquer problema. Diria muito facilmente que os profissionais de fotografia encontrarão aqui uma excelente ferramenta para edição em lotes.

Entretanto, o Yoga 720 encaixa perfeitamente bases de dados extensas e a GeForce 1050 é suficiente para a maioria dos jogos correrem razoavelmente com gráficos médios ou máximos. No entanto, quando os jogos se tornam mais pesados, o Lenovo mostra-se um verdadeiro furacão quando a ventoinha sopra. Coloquem World of Warships com gráficos no máximo e mandem a concorrência para o fundo com estilo!

 

Ecrã

O Lenovo Yoga 720 oferece um excelente ecrã de 15.6 polegadas com resolução 2K. Os rebordos ao seu redor são mínimos, com a típica excepção da base que possui um lábio bastante amplo para que o ecrã possua as mesmas medidas da base.

O brilho surpreende, já que na sua potência máxima, este ecrã consegue alguma dignidade em plena luz do dia, se bem que a elevada reflexividade o torne praticamente inútil com luz directa, pelo menos por comparação aos ecrãs foscos.

A destacar neste ecrã é a capacidade de distinguir 4096 pontos de pressão, permitindo ao Lenovo Yoga 720 ser um equipamento altamente atraente para artistas que podem recorrer ao Windows Ink para os seus trabalhos. É possível que necessite de calibração, já que não chega num equipamento de vocação estritamente profissional. Ainda assim, com excelentes contrastes, será um bom ponto de partida para iniciantes e utilizadores casuais.

Com o design polivalente e o posicionamento possível a 360º, o ecrã pode ser usado em tenda ou stand, mostrando-se interessante para ler as principais notícias durante o almoço ou apresentações em grupo.

 

Áudio

As colunas JBL são interessantes em termos da textura do som. A sua localização no fundo significa que não as abafamos com os pulsos, e a superfície em que o Yoga repousa ajuda a amplificar todo o som. Entretanto, com a tecnologia Dolby Atmos a bordo, podemos ajustar o som para tarefas específicas, mas as diferenças não são tão acentuadas quanto poderíamos imaginar.

A localização no fundo tem, no entanto, algum inconveniente, já que o som se altera profundamente quando passamos o ecrã para uma posição de tenda ou tablet.

 

Teclado

É impossível não gostarmos dos teclados dos Lenovo. A marca Chinesa tem vindo a justificar o seu lugar no topo das opções do consumidor com hardware bem conseguido e o Lenovo yoga 720 mostra bem o porquê. O teclado está bem desenhado com as típicas teclas em U da Lenovo, e numa decisão muito importante para quem tem que teclar durante inúmeras horas, a tecla shift direita é de tamanho completo, tornando fácil encontrá-la.

A pressão necessária para activar as teclas é razoável e com uma boa distância de viagem, o embate na base é relativamente silencioso, factores que se conjugam para uma experiência bastante confortável e produtiva. De facto, será o teclado em que mais depressa consigo escrever de todos os equipamentos que foram passando pelas minhas mãos, com a notável excepção do HP Zbook Studio G4, uma máquina noutro campeonato.

Também o touchpad é muito razoável, com uma operação incrivelmente suave e sedosa. Os botões encontram-se na base sem qualquer interrupção, e oferecem excelente clique.

Bateria

Este foi o ponto menos positivo em todo o nosso teste. Com trabalho leve, fundamentalmente edição de texto e navegação online, tive alguma dificuldade em exceder quatro ou cinco horas de utilização continuada. Por um lado, o 7700HQ é feito para performance, não para economia, e o ecrã drena a bateria na resolução máxima, pelo que a solução foi reduzir a resolução para FHD para ganhar autonomia extra. Podem igualmente desligar a retroiluminação do teclado e ligar a poupança de bateria para conseguirem chegar às 8 horas de utilização confortável. Com a sua capacidade de processamento, o Lenovo aguenta bem funcionar deste modo sem comprometer a experiência de utilização.

Conclusão

O Lenovo Yoga 720 é pesado e não o aconselho a ser utilizado como tablet normal. No entanto, este é o único preço a pagarmos por um portátil que faz literalmente tudo e não soluça, graças à ampla capacidade de processamento que nos coloca nas mãos.

Este pode bem ser o melhor 2-em-1 do mercado, agradando tanto aos utilizadores casuais, quanto aos que possuem exigências profissionais mais avançadas. Podemos encontrar no mercado 2-em-1 mais leves, talvez mais performantes, mas nenhum com capacidades globalmente tão impressionantes quanto o Lenovo Yoga 720.

Esta é a opção indiscutível para quem quer tudo num portátil, sem comprometer em nada.

 

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