A Huawei oficializou recentemente o seu HiSilicon Kirin 970, o primeiro processador mobile com chip de inteligência artificial integrado. Trata-se de um grande salto em frente na tecnologia por trás dos nossos smartphones, que parece ter apanhado alguns concorrentes desprevenidos. No entanto, também a Samsung, o seu principal rival, estará a desenvolver um processador Exynos com hardware de inteligência artificial dedicado.

A Samsung já terá começado a investigar e a desenvolver núcleos de processador especificamente pensados para inteligência artificial, com o objectivo de os comercializar nos próximos anos.

A Samsung é um dos principais fornecedores de serviços e dispositivos com recurso à inteligência artificial, sendo o mais óbvio o assistente virtual Bixby.

O Bixby depende, entretanto, do processamento na cloud, enquanto que o que a Samsung quer agora fazer é reduzir a escala do processamento até este ser feito ao nível de cada equipamento individual, especificamente o smartphone.

Esta é a próxima grande corrida dos fabricantes de chips, eventualmente suplantando mesmo aquela que tem sido a grande competição dos últimos anos para processos de fabrico cada vez mais pequenos.

Para Kim Ki-nam, presidente da divisão de semicondutores, a separação actual entre unidade de processamento central (CPU) e unidade gráfica dificulta a obtenção de eficiência máxima em processos de inteligência artificial. O dirigente acredita que as unidades de processamento neural (NPU) poderão aumentar a eficiência de todo o processo, mas a sua capacidade de armazenamento ainda é limitada, mas com boas perspectivas de crescimento nos próximos 20 anos, quando Kim Ki-nam espera que um único chip FLASH possa armazenar tanta informação quanto um cérebro humano.

Com um grande negócio centrado no armazenamento, a Samsung investiu $300 milhões na startup Britânica Graphcore, que desenvolve tecnologias de inteligência artificial.

A revolução do Kirin 970

O Kirin 970 chegará ao mercado já em Outubro, quando for anunciado no Huawei Mate 10. Trata-se do primeiro chip com arquitectura pensada para inteligência artificial, agregando diversas tarefas até agora atribuídas a diversos múltiplos componentes.

Para as tarefas AI, o principal problema do desdobrar de funções por chips separados é o atraso que se gera nas operações à medida que estes equipamentos comunicam entre si e têm de ser controlados de forma a comunicarem organizadamente. Adoptando uma abordagem neural artificial, os chips conseguirão ser mais rápidos em tarefas fundamentais, enquanto gastam um mínimo de energia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui