Em Janeiro soube-se que a Xiaomi estava incluída numa lista negra do departamento de defesa Norte-Americano, com grandes impactos na sua capacidade para investir e obter investimentos. Um tribunal parece agora ter invertido essa decisão que, para começar, era altamente duvidosa.

Se muitos esperavam que a nova Administração Biden trouxesse grandes folgas na guerra comercial, então ficaram desiludidos com o aperto efetivo do cerco à Huawei. No entanto, o caso da Xiaomi foi desde o início diferente. Ao que se apurou no caso em tribunal movido pela marca Chinesa, o problema para as autoridades Americanas foi o reconhecimento dos esforços da Xiaomi em se tornar uma marca de referência: em 2019 Lei Jun recebeu o prémio Outstanding Builder of Socialism with Chinese Characteristics, uma forma de dizer que o Estado reconheceu os seus esforços como empreendedor. O prémio foi atribuído pelo MIIT, ou Ministério da Indústria e Tecnologia de Informação e, para azar da Xiaomi, esta agência governamental é vista como uma ameaça pelo departamento de defesa dos EUA.

Um tribunal Americano considerou agora que o Estado não tinha fornecido argumentos suficientes para provar que os interesses da segurança nacional estavam em jogo. Com esta decisão, os investidores Americanos não têm de vender as suas participações na empresa que continua a ter liberdade de angariar fundos para financiar a sua atividade.

Claro que o governo Americano pode recorrer da decisão ou planear um contra-ataque, mas para já a Xiaomi recebeu um novo fôlego.

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