Há razões para estarmos excitados. Com o Exynos 2200, a Samsung agita definitivamente o mercado dos SoC mobile e introduz um elemento revolucionário em potencial, na forma da GPU Xclipse, a primeira no mercado a chegar com a arquitetura AMD RDNA2, que podemos ver nas mais recentes gráficas Radeon da marca. Em tudo o resto, o Samsung Exynos 2200 parece extremamente promissor como processador de gama alta.
Não podemos escapar ao facto de ser a gráfica o ponto mais excitante deste novo processador. A gráfica Xclipse 920 é o culminar da parceria anunciada já em 2019 e cujos frutos chegam agora ao mercado. Embora não tenham sido dadas indicações quanto a número de núcleos ou velocidade máxima, a Xclipse 920 GPU é pelo menos recheada de capacidades, incluindo ray tracing por hardware (pela primeira vez num smartphone) e shading variável, permitindo à Samsung ter grandes esperanças na competitividade dos seus futuros Galaxy S22 em termos de gaming mobile. De facto, temos aqui a mesma tecnologia base que encontramos nas consolas mais recentes, salvaguardadas as diferenças, claro.
A gráfica também é compatível com a tecnologia Amigo da Samsung para optimizar o consumo energético.
Nem só de gráficas se fazem os processadores, portanto podemos passar ao restante hardware do Exynos 2200, onde verificamos que tem uma arquitetura muito semelhante aos mais recentes chips da Qualcomm e MediaTek, recorrendo aos mais recentes núcleos ARM v9, incluindo um grande núcleo Cortex-X2, 3 Cortex-A710 e ainda 4 Cortex-A510. O chip é fabricado em 4nm com litografia da Samsung e, embora não tenham sido reveladas frequências máximas, estamos à espera de excelente performance.
Excelente performance também ao nível da aprendizagem automática e AI, onde a Samsung nos diz que há uma duplicação da performance do Exynos 2100, ainda sem revelar detalhes. Esta NPU pode conectar-se ao novo ISP para reconhecimento de cenas e objetos em fotografias, sendo que este ISP é agora compatível com câmaras de 200MP, combinações de 64+32MP e ainda interligação de até 7 chips fotográficos, com utilização simultânea de 4. Isto significará que poderemos ver uma implementação muito mais homogénea de câmaras de características diferentes, com transições suaves entre cada sensor, por exemplo para zoom.
Tudo indica que com esta gráfica e ISP, os Galaxy S22 poderão ser equipamentos fenomenais para multimédia, já que poderão reproduzir 4K HDR, 4K/120fps e gravar vídeo 8K 30p. O ecrã suportado pode ter até 4K e 120Hz de taxa de atualização, o que deverá criar uma experiência de visualização muito rica.
Portanto, uma lista de especificações bastante extensa e sólida, que poderemos ver no mercado para o próximo mês, quando forem anunciados os Samsung Galaxy S22 e se os Exynos deixam muitos de pé atrás, com este hardware será quase impossível não termos um processador muito equivalente ao Snapdragon 8 Gen 1 que chegará em algumas das versões dos S22. Depois dos rumores de atrasos do Exynos 2200, a Samsung garante-nos que o chip está em produção em massa e estará mais do que disponível quando os futuros topos de gama forem lançados, deixando-me particularmente excitado para ver o que de facto este processador é capaz de fazer.
