É um misto de saudade, inovação e classicismo: o BlackBerry KEYone chegou ao mercado Ibérico e quer mostrar que um dispositivo pode ser excepcionalmente funcional e repleto de boas ideias quando pensa fora da caixa e regressa às suas origens. O BlackBerry KEYone quer combinar o melhor do Android com os elevados padrões de segurança da BlackBerry, e o funcionalismo de um teclado físico de uma polivalência notável.

Juntem-se a nós enquanto o descobrimos.

Características principais

  • Processador: Snapdragon 625, octa-core a 2.0GHz
  • Memória: 3/4GB de RAM, 32/64GB de armazenamento interno;
  • Câmara principal: 12MP f/2.0;
  • Câmara frontal: 8MP;
  • Ecrã: 4.5 polegadas FHD
  • Sistema operativo: Android Nougat;
  • Bateria: 3505mAh;
  • Conectividade 4G: sim;
  • Leitor de impressões digitais: sim
  • NFC: sim
  • Bluetooth 4.2
  • Carregamento rápido: sim
  • Rádio: sim

Design e construção

Luxuoso, com fullscreen quando poucos sabiam o que isso era, o BlackBerry Priv foi o primeiro BlackBerry Android e era decididamente um primor do ponto de vista do design. Por comparação, o KEYone é amplamente mais funcional, com o teclado fixo logo abaixo do ecrã e a solidez conferida pela falta de peças móveis.

O design é decididamente BlackBerry, dominado por tons negros e prateados, e acima de tudo impossível de confundir com o equipamento de qualquer outra marca. Numa era de designs bonitos mas muito parecidos uns com os outros, o BlackBerry KEYone é uma afirmação de identidade própria que não se deixa dominar pela tirania do ecrã e não se centra neste, exclusivamente.

Com a frente dominada por uma riqueza de detalhes, o ecrã encontra-se firmemente protegido no centro do dispositivo e deverá estar a salvo da maioria das quedas que vitimam outros. Gosto como abraça um pouco a curvatura do equipamento, embora os rebordos negros pudessem ser bem menos expressivos.

Logo abaixo, o teclado físico é a estrela deste diapositivo. Não há aqui simplicidade, mas um certo prestígio com os relevos das teclas e os frisos cromados que separam cada fila de letras. A sua função não é somente estética, mas funcional, já que ajudam o tacto a saber que mudou de fila ou de tecla.

Atrás, o painel não é expectavelmente de metal. Pelo contrário, é de borracha e posso dizer que ajuda a impedir que o BlackBerry escorregue da mão, além de ter propriedades anti choque (não testado).

Algo retro e tradicionalista, quase blindado num ano de designs de aparência frágil, o design do BlackBerry KEYone tem uma personalidade enorme.

Hardware e software

O BlackBerry KEYone chega com um Snapdragon 625 com 3GB de RAM e 32GB de armazenamento interno. O ecrã é apresentado num rácio de aspecto pouco usual de 3:2 com 4.5 polegadas de diagonal e resolução FHD. Entretanto, a câmara principal possui 12MP e a bateria tem 3505mAh que podem ser carregados em pouco mais de uma hora.

O hardware é de gama média, mas como já tive oportunidade de o dizer, este dispositivo concentra-se nas ideias, menos na performance pura. E no entanto as especificações deixa-me com boas expectativas quanto à performance geral do dispositivo. O sistema responde certamente bem e não mostra qualquer dificuldade na reprodução de vídeo, edição de texto ou navegação online.

A estrela deste hardware é o teclado físico que pode mostrar-se um tremendo auxiliar de produtividade. Um teclado QWERTY, este inclui ainda teclas Alt, Shift e uma tecla Symbol para símbolos e números. As suas funcionalidades são amplas: desde shortcuts para apps e acções, até shortcuts dentro do próprio teclado que pode ser usado tecla a tecla ou com swipe normal. Fundamentalmente, este é um teclado insuperável e vamos dedicar muito tempo a explorá-lo.

Do lado do software, o BlackBerry KEYone chega com o Android Nougat e a promessa de actualização para o Oreo. Entretanto, fiel ao seu empenho na segurança e actualizações, a TCL já providenciou o patch de segurança de Setembro.

O software é bastante completo, com destaque para a app fotográfica avançada, mas ainda mais para a ampla gama de ferramentas da BlackBerry, com destaque para a barra de produtividade ou o Hub. De resto, o BlackBerry KEYone deixa uma boa parte da protecção num lado mais invisível, com ferramentas de encriptação e protecção do arranque que o utilizador não vê.

Expectativas

O BlackBerry KEYone é dos melhores dispositivos que surgiu no mercado com o nome BlackBerry e parece estar a ter alguma tracção entre o público. Não é de admirar: a um design inconfundível, alia-se um impressionante teclado físico e um amplo conjunto de ferramentas de produtividade.

Tudo isto mostra um dispositivo refinado e afinado para um ambicioso objectivo de dar aos mais exigentes da produtividade uma ferramenta diferenciadora e completa. Bastam realmente algumas horas para começarmos a perceber como algumas coisas mudam e estão mais acessíveis, como algumas ferramentas são realmente úteis. Nenhum teclado virtual pode rivalizar – por exemplo – com os shortcuts indexados a apps. Nem mesmo o swipe tradicional é tão simples, e isto é só o começo.

O seu grande desafio é mesmo a curva de aprendizagem. Não é fácil desaprender os hábitos e vícios de tantos anos de ecrãs tácteis simples. Mas há algo que é realmente difícil de descrever no KEYone e isso é a sua experiência de utilização. Nenhum outro smartphone é, neste momento, capaz de uma experiência de utilização tão vincada e identificável e, por conseguinte, tão satisfatória.

Por isso fiquem pelas nossas páginas. Teremos mais novidades em breve.

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