Tem sido uma característica muito preponderante na aquisição de dispositivos Xiaomi: inúmeras lojas importam ou distribuem a versão Chinesa de um qualquer Xiaomi, flashando sobre ela uma ROM global. Com a entrada da Xiaomi no mercado físico em toda a Europa ao longo de 2018, a marca alargou o seu compromisso de ser uma marca de presença local e seria apenas uma questão de tempo até impedir que qualquer retalhista pudesse flashar equipamentos em mercados para os quais não foram destinados. Esse momento chegou agora, pelo que comprar um Xiaomi de importação para poupar uns trocos deixa de ser atraente.

Existem óbvias diferenças entre as Global ROM e China ROM a bordo de qualquer Xiaomi, sendo a mais importante a ausência dos Google Play Services na China ROM, além da inclusão nesta de outras apps que não foram pensadas para o mercado global. Para inúmeros utilizadores, substituir a China ROM por uma ROM global tornou-se um passo normal.

Mas, agora que tem uma presença difundida em dezenas de países, a Xiaomi quer por um lado acabar com a confusão gerada pelos retalhistas, e por outro garantir que a sua implantação física nos novos mercados não se vê de certo modo sabotada pelas compras online.

Muitos fãs da marca têm entretanto mostrado desagrado com a novidade, mas a marca está simplesmente a proteger os seus interesses e, por arrasto, o dos consumidores. A venda em qualquer mercado de smartphones não homologados para esse mercado pode potenciar problemas de fiabilidade e – consequentemente – de imagem para a marca. A instalação das chamadas Shop ROM tem sido, de resto, um dos problemas mais importantes na imagem da marca.

Acima de tudo, a Xiaomi quer salvaguardar a sustentabilidade da sua expansão internacional, impedindo a diluição da sua margem de lucro já limitada, em equipamentos Chineses revendidos, quando tem um lucro mais directo com os dispositivos que ela própria exportar.

Para mim, esta alteração é benéfica para todos, menos para inúmeras lojas que fazem negócio com importações paralelas, mas mexe com a cultura de uma fanbase muito ampla e não será consensual. E quanto aos nossos leitores, concordam com esta nova Xiaomi?

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