Como esperado, a Xiaomi oficializou ontem o seu novo Xiaomi Mi Mix 3 e se uns rumores se confirmaram e outros não, o resultado final é um smartphone impressionante pelo look de ruptura e preço quiçá impensável para estas especificações.

Comecemos pelos rumores que não se confirmaram para os podermos tirar da frente: o Xiaomi mi Mix 3 não chegou com o novo Snapdragon 855, não obstante supostos cartazes e fugas de informação sobre as quais mantivemos reservas, por parecerem muito optimistas. No entanto, a Xiaomi anunciou mesmo uma versão 5G que chegará em 2019, tal como tínhamos pensado ser o único caminho possível, descartada que está a disponibilidade de smartphone 5G em 2018. Quiçá esta versão poderá integrar igualmente o Snapdragon 855 num refresh de meio ciclo.

Também não se concretizou o leitor biométrico no ecrã, algo que alguns vídeos promocionais já tinham indiciado. Será este um deal breaker?

Este design, oh este design

Já deixei no ar qual é no momento o meu slider favorito, mas os sliders estão definitivamente na moda e eu estou disposto a mudar de opinião. Este formato tem simplesmente muito potencial para criar algo diferente e o Xiaomi Mi Mix 3 tem excitação numa era em que os leitores biométricos no ecrã e a padronização das especificações transformaram a maioria dos smartphones em algo indiferenciado, sem grande variedade.

Na corrida aos ecrãs completos, bezel-less ou como possamos querer chamar-lhes, a história não está isenta de passos em falso mas necessários, como o notch, agora reduzido para o formato gota de água, mas a opção pelo slider ofereceu à Xiaomi a possibilidade de criar um ecrã enorme, sem interrupções, que significa um rácio de 93% de ecrã. A solução é elegante e simples, já que o mecanismo é magnético, sem tantas partes móveis e motores que possam falhar e significar reparações caras. A Xiaomi aproveitou a ocasião e existe um total de 5 acções programáveis que podem acontecer sempre que recorrermos ao slide, por exemplo atender chamadas ou abrir apps específicas. Claro que com isto também podemos raramente utilizar o slide, mas continuaremos a ter um ecrã completo sem abdicar de funcionalidades.

A face traseira é obviamente mais padronizada, com o módulo de câmaras duplas principais que têm sido a norma nos Xiaomi de 2018. O corpo é em alumínio nas laterais com cerâmica nos painéis traseiros, um material excelente em termos de feeling e resistência a riscos.

Hardware

O Xiaomi Mi Mix 3 coloca-se sem vergonha na gama alta, com um Snapdragon 845 acompanhado de 6, 8 ou 10GB de RAM na versão especial Forbidden City que terá uma tiragem limitada, e um máximo de 256GB de RAM.

O departamento das câmaras é particularmente bem servido, com duas câmaras principais e duas câmaras frontais. No painel traseiro estamos a falar de duas câmaras de 12MP, uma das quais com um sensor de pixéis de 1.4 micrómetros e foco por Dual Pixel, enquanto a segunda câmara também de 12MP está lá para zoom óptico 2X. A história é bom diferente na frente, com uma câmara principal de 24MP acompanhada de uma de 2MP para profundidade de campo.

Menos positivo no meio disto tudo é mesmo a bateria que, com 3200mAh, não é realmente impressionante e deixa tudo nas mãos da eficiência do sistema operativo a gerir o consumo. Face aos 3850mAh de que se falou em alguns rumores, não estamos impressionados.

Preço difícil de acreditar

A Xiaomi tem esta tendência para os preços extremamente baixos e o Mi Mix 3 não o muda. A versão com 6GB de RAM e 128GB de armazenamento interno começa abaixo dos €500, enquanto a versão Forbidden City com 10GB de RAM e 256GB de armazenamento fica por perto de €700. Teremos que pensar que com impostos e margens de lucro, estaremos a olhar mais realisticamente para algo mais perto dos €700 quando a versão base chegar ao mercado nacional. Neste momento não esperamos que o Mix 3 chegue a Portugal antes do início de 2019.

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