Hoje em dia, a maior parte dos smartphones são berlinas, mas pelo segundo ano consecutivo, a Asus aposta no compacto desportivo dos smartphones. O Asus Zenfone 9 tem mais Zenfone por cm2 que qualquer Zenfone antes de si e, no papel, melhora tudo o que o Zenfone 8 oferecia e faz muito menos concessões em prol do tamanho.
Portanto, o Asus Zenfone 9 continua extremamente pequeno, com 14.66cm de comprimento, 6.82cm de largura e uma espessura de 0.95mm, pesando uns inexpressivos 165g, num mundo onde os concorrentes diretos pesam em média 40g mais. E mostra um design muito mais inspirado que o seu antecessor!
Um ecrã que não se mede aos palmos (só)
Com estas dimensões, o Zenfone 9 oferece um ecrã de 5.9″, dos poucos na gama alta que oferece um ecrã abaixo das 6 polegadas. E de gama alta podem ter certeza que é, começando neste ecrã FHD+ com 120Hz de taxa de atualização e taxa de amostragem de toques de 240Hz. Sem querer dizer que um ecrã não se mede aos palmos… porque se mede… este painel OLED mede-se também pela calibração com deltaE<1 para cores muito exatas, 112% do espaço de cor DCI-P3 e tecnologia HDR10+.
O ecrã é combinado com altifalantes estéreo, numa bofetada de luva branca a smartphones bem maiores que de alguma forma não encontram espaço para isso, e recorre a afinação pela Dirac, francamente algo que para mim associa imediatamente qualidade de áudio ao telemóvel. Porquanto se calhar não vamos usar um ecrã tão pequeno para devorar séries e filmes, a qualidade sonora em alta-voz é fundamental hoje em dia.
Os audiófilos não ficam de fora, graças ao aptX HD, LDAC e AAC. Em mais um momento “se eu consigo, vocês também”, o Zenfone 9 inclui uma saída de 3.5mm. Com estas dimensões aceitaria totalmente que não o tivesse, mas ei: pontos extra por terem feito este milagre de organização de espaço.
Câmaras de nível
O departamento fotográfico é talvez a melhoria mais significativa no Zenfone 9. Munido de três câmaras, o terminal oferece desde logo uma unidade Sony IMX766 com estabilização gimbal de seis eixos, acompanhada de uma ultragrande angular de 12MP com autofoco a 4cm para captura macro. Entretanto, à frente uma câmara de 12Mp oferece autofoco, sempre uma raridade em qualquer smartphone.
Hot Hatch a toda a linha
Estou curioso por ver um vídeo de desmontagem do Zenfone 9. Desconfio que se perceba que a marca utilizou um universo paralelo para conseguir enfiar tudo nestas dimensões, mas até essa confirmação chegar, encontramos no seu interior um Snapdragon 8 Gen 1 com uma câmara de vapor para manter a temperatura perto do ideal e – acredite-se ou não – uma bateria de 4300mAh que será das maiores por área de smartphone no mercado.
Em relação ao Zenfone 8, são apenas 300mAh extras, mas são quase 10% de aumento, mantendo o mesmo carregamento de 30W. Enquanto muitas marcas tentam ir para a velocidade máxima para o carregamento, a Asus curiosamente dá-nos amplas opções para preservar a durabilidade da bateria.
Por um lado, temos a possibilidade de optar por modos de carregamento Steady e Ultra Steady, limitando respetivamente o carregamento a 18W e 10W. Se quisermos manter o carregamento de 30W, podemos ainda assim limitar o carregamento a 90 ou 80% da capacidade total, com o que a degradação de capacidade chega a apenas 7% após 500 ciclos. É significativo, por comparação aos 15% de degradação da carga até 100%.
A Asus está suficientemente confiante nas capacidades de gaming que inclui o Game Genie dos Asus ROG para afinar o desempenho durante os jogos e controlar as distrações possíveis.
E o preço? Também é pequeno?
O Asus Zenfone 9 começa nos €800 para a versão com 8/128GB, o que está perfeitamente no limiar inferior de um smartphone com Snapdragon 8 Gen 1 com as restantes especificações.
Por este preço, o Asus Zenfone 9 pode ser totalmente um farol na noite para os amantes dos telemóveis compactos. Curiosamente, a Asus parece ter noção de que um smartphone tão pequeno é anátema no mundo de hoje e se calhar mais facilmente as pessoas se esquecem dele num bolso ou noutro local e lançou algumas capas especiais, como uma que permite agarrar o telemóvel à alça de uma mochila para servir de câmera ou GPS facilmente consultável graças a um cordel.
A ASUS esqueceu-se, sim foi de dar suporte robusto, isto é, por 4 ou 5 anos de actualizações (à semelhança da SAMSUNG). Por um preço destes, um telefone tem que durar, e durar. E em segurança, pois muitos dos nossos dados estão no telefone. Para mim fica logo fora de hipótese, a confirmar-se apenas 2 anos de suporte.