A HTC é como uma velha amiga na qual depositamos sempre alguma esperança, mesmo que teime em nos desiludir. Especificamente, a HTC é uma das grandes percursoras do ecossistema Android e uma das suas velhas glórias, mas tem passado sempre ao lado dos grandes flagships e sucessos de vendas. O HTC U pode mudar isso, com especificações tremendas.
De facto, é a primeira vez em muitos anos em que podemos dizer que a HTC terá um topo de gama para rivalizar com os líderes de mercado. Não me entendam mal, os HTC U Ultra e HTC U Play são elegantes e capazes, mas não são exactamente os campeões da inovação.
Além de um hardware potente, o HTC U terá uma firme aposta naquela área que sempre distinguiu a HTC do resto da concorrência: o áudio. O HTC U vira munido com a panóplia completa de melhoramentos áudio da HTC, nomeadamente o BoomSound, áudio de alta resolução, e a tecnologia Usonic, que funciona via auriculares compatíveis para analisar o nosso ouvido e criar um som específico para a nossa audição individual.
Mais do que confirmada está também a inovadora Edge Sense, tecnologia que equipa o HTC U com laterais sensíveis a toque, substituindo as tradicionais teclas e botões. A HTC criou mesmo um teaser que nos mostra como apertar alguns objectos quotidianos. Uma espécie de musculação para nos preparamos para o HTC U?
Agora parece que temos em mãos uma imagem da caixa do futuro HTC U (ou será HTC U 11?) e as restantes especificações que revela são quase saídas de uma checklist geek do que queremos num smartphone: processador Qualcomm Snapdragon 835 com 6GB de RAM e 64GB ou 128GB de armazenamento interno. O ecrã será QHD com 5.5 polegadas.
No campo das câmaras também estaremos muito bem servidos, graças a uma unidade principal UltraPixel de 12MP que contará com estabilização óptica de imagem, sem esquecer a abertura de f/1.7 que será excepcional para baixa luminosidade. À frente, 16MP serão mais do que suficientes para boas imagens.
Muito bem vinda é a protecção IP57 para resistência à água.
Bem, para quem gosta de tecnologia, estas especificações são quase pornográficas, e para quem é fã da HTC este é aquele golo que pode mudar um jogo.
Mas nem as melhores especificações poderão mudar a sorte da HTC se a marca não for arrojada em termos de preços e marketing. Isto porque precisa de preços para competir com as rivais Chinesas, mas necessitará igualmente de marketing para conseguir sobrepor-se à predominância da Samsung em termos de imagem e prestígio.
Se tivesse nascido noutra marca, o HTC U 11 seria rapidamente considerado um dos mais revolucionários smartphones de 2017, mas assim como as coisas estão, precisará que a HTC jogue bem as suas cartas.
