Se os mais recentes rumores estiverem correctos, quando o iPhone X for oficializado amanhã, juntamente com dois iPhone 8, será o primeiro iPhone com um chip hexa-core, ponto fim a uma longa tradição da Apple em não aumentar a contagem de cores nos seus chips.
E em boa verdade, a Apple nunca precisou da corrida aos núcleos que caracteriza o ecossistema Android. A estreita interligação entre sistema operativo e hardware que caracteriza os iPhone garante uma performance elevada com o que poderia à primeira vista parecer hardware comparativamente mais modesto.
Claro que os Fusion não se fazem somente de contagens de núcleos, mas os tempos estão a mudar e nem mesmo a Apple se pode dar ao luxo de o negar.
Assim, o Fusion A11 deverá ser o primeiro chip da Apple com seis núcleos, e numa arquitectura semelhante à big.LITTLE, com o que poderão ser dois núcleos Monsoon de elevada potência a complementar quatro núcleos Mistral de elevada eficiência energética.
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Mais importante, os seis núcleos deverão ser capazes de funcionar de modo simultâneo, fora da usual prática de manter em actividade alternada os núcleos: ou os eficientes ou os potentes. Esta possibilidade significa uma mudança fundamental no modo como a Apple gere os seus núcleos e abre portas para uma performance muito superior em tarefas que tiram maior proveito da capacidade multithread do processador. Esta implementação poderá, no entanto, acabar por ser feita à custa da duração da bateria.
O Apple Fusion A11 será, ainda assim, extremamente eficiente do ponto de vista energético, ao ser fabricado no processo de 10nm finFET da TSMC, a mesma tecnologia observada no Snapdragon 835, Exynos 8895 ou ainda no já anunciado Huawei HiSilicon Kirin 970 que deverá chegar em Outubro a bordo do Huawei Mate 10.
Os iPhone X e iPhone 8 serão anunciados amanhã, sem sombras de dúvida, e deverão apresentar diversas alterações ao que tem sido um conjunto de características plenamente identificáveis com o iPhone.
