Uma e outra vez, os fabricantes dizem-nos nas conferências de imprensa que a bateria dos seus novos topos de gama é suficiente para dois dias de utilização. Eu, no entanto, tenho uma máxima: se a vossa bateria aguenta mesmo dois dias, então não estão a fazer nada com o smartphone. Porque na verdade gastamos algumas centenas de Euros num smartphone e quando começamos a puxar-lhe pela capacidade rapidamente nos damos conta que os fabricantes foram algo optimistas e, com alguma sorte, teremos bateria para o dia todo.
Mas, de vez em quando, surge simplesmente aquela conjunção de factores que deve colocar à prova todas as previsões das marcas e a bateria tem mesmo que aguentar dois dias. É uma tempestade perfeita a que nem todos os smartphones sobrevivem.
O cenário “nunca acontecerá”
É uma rotina que todos conhecemos: antes de irmos para a cama, colocamos o smartphone a carregar e saímos de casa com a bateria atestada. Mas há uma regra simples a obedecer e é que não basta ligar o cabo ao smartphone: é preciso ligá-lo também à corrente. Estamos de acordo nisto, certo?
De algum modo esta regra básica passou-me ao lado uma destas noites e enfiei-me no autocarro a caminho do trabalho, indo pelo caminho a fazer a revista de imprensa do dia sem olhar muito para os dados ou notificações, talvez tolo com o sono. Portanto, depois de vários artigos, alguns vídeos e mesmo um telefonema, olho finalmente para o indicador de bateria do BlackBerry Key2 para ver 35% disponíveis. Eram ainda 8 horas da manhã.
Sem problema: ando geralmente com um power bank… não desta vez, não regularmente desde que comecei a usar o KEYone quotidianamente. Pelo menos um cabo na mochila, certo? Não desta vez. Bom, mas no trabalho… alguém terá um cabo! Sim, mas nenhum USB-C.
Era a tempestade perfeita. Estava por minha conta e risco e nenhuma maneira de recarregar o telemóvel.
Autonomia a toda a prova
A partir do momento em que me lixei, o que tinha a fazer era óbvio: o BlackBerry Key2 tem um atalho para a Economia de Bateria nas definições rápidas. Activar a economia de bateria limita o processador e desactiva inúmeras funções menos importantes como a Visualização Ambiente ou actividade em segundo plano, reduz igualmente o brilho do ecrã e limita a capacidade do processador.
Com o modo de Economia de Bateria activo, o Key2 fica algo mais lento a responder a todas as solicitações, mas ainda responde adequadamente e mantém todas as suas funcionalidades. Com o modo activo, continuei a consultar o telemóvel normalmente à procura de notificações, fiz os meus telefonemas e enviei as minhas mensagens como num dia normal.
O meu receio era ficar incontactável, mas ao longo do dia a bateria perdeu autonomia de modo estável e pouco apreciável e depois do trabalho ainda tinha algum sumo para fazer chamadas via Bluetooth.
Foi um dia difícil e entre o trabalho e casa ainda necessitei de utilizar o Key2 por diversas vezes. Às sete da tarde, tinha ainda uns 5% de bateria, que se mostraram suficientes para chegar a casa com o Key2 no limite.
Incrível gestão de bateria
A BlackBerry sempre manteve uma enorme prioridade na autonomia, entendendo os telemóveis como dispositivos fundamentais e importantes para os utilizadores, não meros objectos casuais.
Nada disso mudou com a BlackBerry Mobile sob a chancela da TCL e o BlackBerry Key2 tem um Centro de Energia onde poderemos controlar de modo mais refinado as definições energéticas do dispositivo. A funcionalidade tornou-se útil para mim a partir do momento em que passei a ter mais tempo gasto em reuniões, e caso a bateria possa acabar durante o período de uma reunião, o Key2 lembra-me para a carregar antecipadamente.
Não se trata portanto de um simples optimizar da bateria, mas da possibilidade de configurar lembretes que nos ajudem nos momentos fundamentais. Com uma utilização inteligente destas possibilidades, a autonomia do Key2 pode ser amplamente melhorada.
Fora essa opção, o modo de Economia de Bateria faz um excelente trabalho, como já confirmamos.
Outros factores levam a que o BlackBerry Key2 tenha excelente autonomia, tal como o KEYone antes dele. O teclado é um dos motivos primordiais, já que permite teclar profusamente com menos consumo energético do que se o fizéssemos num ecrã completo.
Conclusão
Cá por casa somos utilizadores intensivos do smartphone ao longo do dia. Os power banks fazem parte de algo que temos sempre connosco, mas em pelo menos duas ocasiões esse cuidado passou-me ao lado em dias em que também me esqueci de carregar a bateria devidamente durante a noite.
Não tenho dedos para contar a quantidade de vezes nos últimos anos em que fiquei sem bateria a meio de um dia de trabalho e apesar de todo o optimismo do marketing, não pensei que conseguisse aguentar um dia inteiro com 35% de bateria disponível. De facto, olhando para toda a gama média e alta, tenho dúvidas que o conseguisse fazer com qualquer outro modelo de smartphone, um ou outro excluído.
E não foi certamente um caso sem exemplo. Esta semana consegui fazer exactamente o mesmo e tive que viver dois dias com uma única carga. Com sucesso, o que me dá total confiança na capacidade do Key2 para estar simplesmente disponível quando mais precisar dele.
E vocês? Com que smartphones já aguentaram um dia inteiro com 35% da bateria?
[…] fazer uma gestão muito importante e refinada do consumo energético do dispositivo, levando a prolongar notoriamente a sua autonomia, em caso de […]