O ASUS Zenfone 6 era muito francamente um triunfo da função sobre a forma, oferecendo um preço muito atraente apesar de capacidades tremendas, graças a um foco muito importante no funcional. Graças a isso tornou-se um favorito dos fazedores e não dos ostentadores. A fórmula regressa gora com os ASUS Zenfone 7 e Zenfone 7 Pro, só que muito melhorada, apesar de algumas omissões importantes.
Deve-se dizer que os rumores andaram meio certos e meio errados quando aos novos ASUS. Certos estiveram na presença de um design quase totalmente aproveitado a partir do Zenfone 6, nomeadamente com um ecrã desimpedido e uma tripla de câmaras num módulo posicionável que permite dispor efetivamente de três câmaras frontais ou simplesmente de muitas melhores possibilidades de composição.
Mas este módulo é muito melhor, além de ter obviamente mais câmaras. Chega equipado com um motor com mais força, um mecanismo reforçado e uma ligação capaz de resistir a forças de 35Kg antes de sofrer danos.
Já que estamos nas câmaras, que tal continuarmos aqui? O ano passado o Zenfone 6 tinha como peça principal uma unidade de 48MP. Desta feita passamos para os 64MP, acompanhados de uma câmara ultragrande angular de 12MP que duplica como câmara macro, e de uma tele com zoom óptico 3x. A grande diferença entre a versão padrão e o Zenfone 7 Pro é que este último inclui OIS nas câmaras principal e zoom. As câmaras estão, de resto, cheias de capacidade, incluindo câmara lenta de 120fps a 4k, vídeo 8K a 30fps e vídeo HDR, por isso podem imaginar o que este smartphone poderá fazer nas mãos de videógrafos.
À frente, as semelhanças com o seu antecessor são uma mera coincidência. O ecrã corrige efetivamente um dos pontos menos interessantes no Zenfone 6, trocando o IPS LCD por um AMOLED da Samsung com 6.67 polegadas e resolução FHD+ que inclui taxa de atualização de 90Hz, um impecável brilho máximo de 1000 nits, HDR, 110% do espaço de cor DCI-P3 e DC dimming.
Quanto ao processamento, a versão Zenfone 7 recebe o Snapdragon 865 enquanto a versão Pro recebe o mais potente Snapdragon 865+, em qualquer um dos casos com um máximo de 8GB de RAM LPDDR5 e 256GB de armazenamento interno UFS 3.1 no caso do Pro.
Quanto à bateria, regressam os 5000mAh, mas agora com carregamento rápido de 30W, o que permite atestar 60% em 34 minutos.
Ora as omissões, se lhe podemos chamar isso. Assim, apesar do ecrã AMOLED, o leitor biométrico é na lateral, uma opção particular que pelo menos evita a certa lentidão dos sensores sob o ecrã. Uma perda que desagradará mais é o jack de áudio, que sai por alguma razão estranha.
Finalmente, um ponto onde fomos todos muito bem enganados pelos rumores: o preço. Publicamos que o Zenfone 7 começaria nos €499, tornando-se o mais barato dos smartphones com Snapdragon 865. Na verdade, o Zenfone 7 começará acima dos €600, com a versão Pro a chegar aos €800, isto à taxa de conversão atual, que pode ser revista quando a marca revelar os preços internacionais. Pode não ser a bagatela que seriam os €500, mas continua a ser um impecável preço face à concorrência.