Lembram-se do Nokia 9210? O clássico Nokia era um verdadeiro tijolo, mas por uma boa causa: graças ao seu ecrã que fechava sobre um teclado completo, o Nokia permitia uma produtividade sem precedentes. Muitos trabalhos académicos foram feitos no pequeno ecrã do 9210 do autor que ainda funciona. Esse é o espírito que o Gemini quer trazer de volta para o mundo dos smartphones.

Vamos ser francos: a esmagadora maioria dos utilizadores abraçou sem restrições o trabalho em ecrãs tácteis, o tap-tap dos polegares, ou o swipe. Pelo meio a BlackBerry continua a apostar em teclados físicos, agora com as vantagens do Android. Entretanto, os computadores 2-em-1, convertíveis ou destacáveis, fazem sucesso pela transformação de computador em tablet e vice versa.

Mas nenhuma das opções é tão portátil quanto o velhinho Nokia 9210, ou os saudosos PDA. Quer seja para compor emails ou trabalhos algo mais complexos, os ecrãs tácteis ainda significam que uma boa parte do ecrã fica coberto pelo teclado virtual, o que impõe limitações ao utilizador.

O Gemini surge por isso como um repensar do PDA, reunindo um ecrã de 5.7 polegadas a um mini teclado que se dobra para formar um smartphone aparentemente normal. Destacar-se-á que o ecrã é de resolução QHD+ (2880×1440), tal como o do LG G6.

O processador é um deca-core com dois clusters com núcleos Cortex-A53 e um núcleo com Cortex-A72. Parece-nos o MediaTek Helio X25, que inclui a gráfica Mali-T880. A memória RAM será de 4GB e o armazenamento interno de 64GB expansíveis via microSD.

Não temos uma câmara principal, mas uma câmara frontal de 5MP parece-nos suficiente, tendo em conta o foco do Gemini.

O dispositivo terá dual boot Android e Linux, bateria de 8000mAh para duas semanas de energia em stand-by e, entretanto, inclui igualmente duas portas USB-C, com o que é possível ligar periféricos como um rato.

A Planet Computers, responsável pelo projecto, indica que algumas apps essenciais serão optimizadas para a utilização no ecrã em modo paisagem e serão integrados comandos por voz que permitirão utilizar o Gemini mesmo quando este se encontre fechado e arrumado.

Destacamos ainda que a Planet Computers trabalhou de perto com a Therefore, de Martin Riddiford, que foi instrumental na concepção dos históricos PDA da Psion.

Até agora, o Gemini parece tremendo, mas o preço de venda deverá começar nos $599 para o modelo básico sem 4G. Este é um valor que não impediu o Gemini de recolher $461 mil Dólares, de um objectivo inicial de $200 mil Dólares.

Para descobrir mais sobre o projecto, porque não dar um saltinho ao Indiegogo?

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