Para o bem e para o mal, o ChatGPT da OpenAI tem revolucionado aquilo que pensamos que a inteligência artificial pode fazer por nós, levando a ferro e fogo o mundo académico e mesmo profissional, onde uns e outros começam a deixar para trás as pesquisas bibliográficas em prol de trabalhos feitos por inteligência artificial. Imaginem o impacto que tal tecnologia terá nos motores de busca! Não admira que haja quem explique que o modelo da Google poderá entrar em colapso em breve. Na verdade, porque não todos os sites de conteúdos próprios?
Obviamente que a Google não se deixará ficar ameaçada no seu canto. O gigante das pesquisas terá a sua própria inteligência artificial gerativa e até já lhe deu um nome: Bard. É um excelente nome para algo que nos vai compor trabalhos e textos a pedido. O Bard será um chatbot conversacional e deverá ter uma grande amplitude de funções e abertura de temas, mas poderá ter uma enorme vantagem sobre o ChatGPT.
Se este último mostra ter sérias dificuldades em falar de temas recentes, sendo um disclaimer nas suas produções, o Bard aprende com os conteúdos web, o que lhe permitirá potencialmente abordar temas quotidianos com mais facilidade. Mas, tudo somado, sabe-se ainda muito pouco sobre esta ferramenta. O anúncio por parte da Google será mais um reflexo da ameaça colocada pelo ChatGPT e pela OpenAI na qual a Microsoft apostou seriamente para reforçar o seu Bing, do que o anúncio de uma ferramenta aberta a todos. Esta abertura estará cá em breve, mas para já apenas um grupo restrito testa o Bard, enquanto foi precisamente a abertura ao público do ChatGPT que lançou o mundo no caos.