A Huawei tem vindo a mostrar vontade em conquistar o mercado norte americano, mas parece que os seus planos têm estado a ter uns dias difíceis.
No início desta semana, meia dúzia de membros superiores das agências norte americanas, incluindo FBI, CIA e NSA, reafirmaram preocupações de vigilância sobre a empresa e outro fabricante chinês de smartphones, a ZTE.
Os problemas das empresas já datam de pelo menos de 2012, quando o House Intelligence Committee citou ambas como potenciais riscos de segurança por laços estreitos com o governo chinês. No ano seguinte, ambas as empresas foram proibidas de vender os seus produtos ao governo norte americano.
O diretor do FBI, Chris Wray, reafirmou essas preocupações durante uma audiência na terça-feira, afirmando que estão profundamente preocupados com os riscos de permitir que qualquer empresa ou entidade que seja obrigada a governos estrangeiros que não partilhem os seus valores para ganhar posições de poder dentro das suas redes de telecomunicações.
A Huawei emitiu uma resposta, acusando o governo de “inibir os seus negócios no mercado dos EUA” e acrescentando que a marca é confiável por governos e clientes em 170 países em todo o mundo e não representa maior risco de segurança cibernética do que qualquer fornecedor de TIC, partilhando cadeias de abastecimento globais comuns e capacidades de produção.
A carta ecoou as declarações de um Richard Yu irritado no palco da CES no mês passado. Este referiu que ganharam a confiança das operadoras móveis chinesas e que também ganharam pontos em todas as operadoras europeias.
Este discurso chegou depois de um acordo com a AT&T ter caído por terra à última hora, aparentemente a pedido dos mesmos advogados de legisladores contra a compra do hardware da empresa. Foi um grande golpe para a Huawei, uma vez que a maioria das compras de smartphones nos EUA ainda são efectuados através de operadoras móveis.
Enquanto isso, a Huawei tentou duplicar as lojas que não são operadoras nos Estados. Esse impulso agressivo, no entanto, colocou a empresa em areias mais movediças, como avaliações falsas para o seu topo de gama, o Mate 10 Pro que terão surgido no site da Best Buy, aparentemente ligado a um passatempo do Facebook impulsionado pela Huawei.