É um adágio que aquilo que não sabemos não nos pode fazer mal, mas nada está mais longe da realidade quando sabemos que nada prejudica a nossa saúde e qualidade de vida como aquilo que não conseguimos ver, degustar ou cheirar, mas inalamos e ingerimos. Por baixo da máxima “Só um Dyson funciona como um Dyson”, a mítica marca Britânica esconde uma mentalidade de resolução de problemas que dá aos equipamentos Dyson características dificilmente imitáveis, impossivelmente replicáveis. A Dyson é mais do que um produto final. É todo um processo evolutivo até chegar à ferramenta ótima para cada tarefa, o que frequentemente nos coloca nas mãos soluções para problemas que nem sabemos ter. Abusando do verbo “ser”, ser Dyson é precisamente isto: resolver um problema antes que saibamos que o temos.

Com isto as pequenas inconveniências quotidianas desaparecem antes de se tornarem um incómodo e a nossa qualidade de vida melhora antes de sabermos que poderia fazê-lo. No primeiro evento corporativo da Dyson realizado em Portugal, fomos descobrir a sua história e conhecer uma empresa que já não é, nem de longe, nem de perto, uma fabricante de aspiradores, mas uma verdadeira tecnológica com parcerias e centros de R&D em diversos continentes (Reino Unido, Singapura, EUA, China e Japão). Quase nos esquecemos que a Dyson é ainda uma empresa familiar, que algures em Inglaterra produz mesmo morangos numa quinta sustentável.

Ser Dyson é compreender (e resolver) problemas

Repito-me: antes que os tenhamos. A vida é complicada e – muitas vezes – aprendemos a lidar com as pequenas dores crónicas do pó que se acumula, dos odores que se infiltram, os cabelos que se emaranham. Um dia estamos a espirrar sem saber porquê, ou a gastar a folga a tentar recuperar o tempo perdido na lida da casa.

A filosofia da Dyson é resumida perfeitamente numa frase de Sir James Dyson: a Dyson está mais do que disponível para apoiar e ajudar jovens talentos que estejam dispostos a resolver os problemas de hoje e de amanhã.

A Dyson, pela mão de alguns dos seus engenheiros, levou-nos num tour por inúmeros desses problemas que não sabemos ter, e pelas soluções engendradas pelos seus jovens talentos e percebemos que Dyson não é um nome, não é um produto, é um processo. Numa empresa, tudo é – de certo modo – problem solving. Instalar os meios de produção, agilizar a distribuição e criar toda a estrutura redundante para um plano de continuidade de negócio que ofereça garantias aos clientes e parceiros. Mas estes são problemas em muitos casos estereotipados, com soluções generalistas de fórmulas bem sabidas que funcionam até certa medida porque são suficientemente generalistas para uma aplicabilidade indiferenciada, tão generalistas que não são optimizadas em qualquer situação.

A maioria dos aspiradores é suficientemente generalista para aspirar qualquer tipo de pó, demasiado generalista para necessidades particulares. Qualquer marca pode, em última instância, colocar um produto no mercado com alguma ginástica e componentes off the shelf padronizados. O que significa o foco problem solving da Dyson é que cada equipamento é fruto de todo um processo de optimização que vai desde a identificação do problema, à operacionalização da solução tecnicamente óptima, passando pela conceptualização técnica, prototipagem e e afinação final dos detalhes.

É por isso que podemos ver por aí aspiradores parecidos com o visual Dyson, até os analisarmos ao detalhe, até os vermos a funcionar. Porque… só um Dyson funciona como um Dyson, lembram-se?

O processo é fascinante para todos os amantes da inovação e do problem solving e distingue a Dyson de muitas concorrentes. Retomaremos este tema: o objetivo não é o produto, é a resolução do problema.

Um processo de criação e refinação

Neste primeiro evento corporativo da Dyson em Portugal, houve um contacto mais completo com algumas inovações que cumprem exatamente as premissas da marca: melhoram a nossa qualidade de vida com uma simplicidade inusitada que esconde a enorme complexidade do seu desenvolvimento e conceção. Sem vídeos de marketing ou truques, os engenheiros da Dyson demonstraram cientificamente os conceitos em operação, verdadeiramente colocando o método científico à prova.

Alguma vez perceberam que os LED perdem eficiência quando aquecem? A Dyson concebeu um tubo de cobre com refrigeração por vapor para manter os seus candeeiros com a eficiência máxima.

Um engenhoso tubo de evaporação de cobre mantém a eficiência e a durabilidade dos candeeiros LED.

Sabem que alisar um cabelo pode levar algo entre 10 e 20 passagens de uma prancha? A Dyson concebeu placas especiais que distribuem a pressão de forma mais igual para um cabelo mais liso em menos passagens.

Demonstração da eficaz distribuição de pressão das placas de uma prancha Dyson e, à direita, um setup engenhoso para testar o ciclo de vida destas pranchas recorrendo a um gira-discos.

Pequenas ideias fazem grandes realizações, mas temos de destacar algumas em particular.

Chega de emaranhados

A minha peça favorita no Dyson V11 é a escova turbo para colchões, sofás, e outras superfícies. É fabulosa para pelos de animais de estimação, mas os meus cabelos ficam presos nas escovas. Todos nós vivemos com os cabelos emaranhados nas escovas dos aspiradores e todos nós pensamos que é um fado inescapável. A Dyson decidiu que é apenas um fado nojento que pode ser resolvido. O primeiro passo foi pegar nesta escova turbo e aumentar o diâmetro, mas o volume apenas adia o problema.

Com o Dyson V15 Detect, a Dyson introduziu uma nova escova anti-emaranhamento que recupera uma invenção milenar: o parafuso de Arquimedes. Esta ferramenta permitia, na antiguidade, elevar água de um poço até à superfície. A solução é então replicar o parafuso de Arquimedes numa cabeça de aspirador, colocando em prática a mecânica desta peça que irá, inevitavelmente, desviar os cabelos sempre para um lado, na extremidade do qual a Dyson criou uma saída de ar específica para recolher os cabelos sem qualquer emaranhamento.

Acabaram-se cabelos com semanas a darem nós nas escovas.

O Dyson V15 Detect estuda a evolução humana

A característica mais visível do Dyson V15 Detect é o laser verde. Mas a peça mais cara não é o motor, ou sensor piezoelétrico. É a lente colocada à frente do laser e que o converte de um feixe para uma folha fina capaz de revelar todo o lixo do chão. A lente é de uma forma complexa e composta de forma a maximizar este efeito e a questão é para quê? Ou então, porquê?

Se tiverem tempo, podem dar-se ao luxo de passar o aspirador para a frente e para trás pelo chão porque francamente não têm como saber bem se aspiraram todos os pontos. Se não tiverem tempo, a casa fica mal aspirada. A solução simples é uma luz no aspirador para mostrar o lixo. Lá está: generalista para qualquer um a poder fazer, demasiado para ser óptima.

A luz simplesmente se reflete da superfície e camufla o lixo. A solução da Dyson passou por isso por um filme de laser milimetricamente junto ao chão, o suficiente para iluminar os relevos das pequenas partículas de pó.

Porquê verde? Os lasers são clichés vermelhos.

Mas o olho humano é particularmente sensível à luz verde. Para o centro da retina onde se concentra a visão fotópica sensível às cores, 1W de luz verde é muito mais visível que 1W de luz azul ou vermelha. Os cones nos nossos olhos são mais sensíveis ao verde porque somos primatas e, acima de tudo, uma espécie arbórea, nascida entre a vegetação das floresta que se alimenta de frutos e teme predadores.

A nossa sensibilidade ao verde é tal que o olho humano em média distingue mais tons de verde do que de qualquer outra cor. É uma ferramenta de sobrevivência que nos permitia distinguir mais facilmente entre a folhagem verde os frutos maduros ou os predadores de outras cores. Mas é também algo que moldou o mundo, se pensarmos que uma árvore precisa das folhas para a sua fotossíntese, mas não dos frutos e por isso usa estes para desviar as atenções das folhas. Então, plantas e primatas evoluíram em parceria, uns promovendo a evolução dos outros, preservando a folhagem (de facto ao contrário de outros animais herbívoros que se alimentam de folhagem, e têm baixo reconhecimento do verde). Significa, em larga escala, que o ser humano e as plantas evoluíram juntos, favorecendo a cor verde.

Subitamente, há alguns milhões de anos de evolução das espécies concentrados numa genial lente e num minúsculo feixe verde num aspirador, o que nos permite detetar o lixo e saber que já passamos por ali e não temos de o fazer novamente.

Come Fly With Me

Entoava Sinatra.

O efeito Coanda é fascinante: é conhecido há décadas, e descrito em termos simples como a tendência de um fluxo de ar aderir a uma superfície adjacente, criando uma área de baixa pressão que “suga” essa superfície. Grosso modo, pensemos que não é o ar a “empurrar” por baixo da asa de um avião que o faz voar, mas a utilização do efeito Coanda criando uma área de alta pressão sob a asa e uma de baixa pressão sobre esta, “puxando” a aeronave em direção à baixa pressão.

Porque a minha esposa é cabeleireira, entendo o esforço enorme que quem tem cabelos compridos faz para manter um cabelo liso sem pontas espetadas. O brushing é moroso, cansativo, e uma doença profissional à espera de acontecer. As duas ferramentas usadas para combater estas pontas soltas (a escova circular e o secador) são tão centenárias que funcionam suficientemente bem para ninguém se ter dado ao trabalho de inventar uma solução ótima. Há problemas: a já mencionada morosidade por um lado, a dificuldade em o fazermos a nós próprios.

Conceber o Flyaway foi um longo processo experimental. As tentativas anteriores à solução ótima são visíveis na mesa.

Ao perceber que um dos acessórios já a Dyson tem e é o seu espetacular Supersonic, faltava o outro elemento da equação. Primeiro a Dyson percebeu que havia uma escova, depois que era circular, depois deu-se conta que sobre qualquer forma circular, um fluxo de ar cria baixa pressão que cola objetos a esse fluxo. Esta é a génese de uma ferramenta inacreditavelmente simples e funcional, mas em igual medida eficiente: o Flyaway. Até aqui chegar, a Dyson criou primeiro o mock de um círculo adequado ao cabelo, depois percebeu o ponto onde o efeito Coanda desaparecia (e os cabelos já não aderiam) e deitou fora o excesso. Finalmente otimizou o fluxo e criou um pedaço de plástico enganadoramente simples que esconde centenas de horas de análise e desenvolvimento.

São três exemplos que ilustram perfeitamente a Dyson como um processo e o problem solving como uma filosofia, permitindo à marca criar soluções ótimas para cada problema, através de implementações tecnologicamente avançadas com milhares de horas de R&D investidos que se traduzem em simplicidade pura para o utilizador.

E é por isto que só um Dyson funciona como um Dyson.

No início havia um homem

E muitas ideias. Nascido em 1947, o agora “Sir” James Dyson, define-se como alguém que não tem medo de tentar resolver um problema. Não é fácil. Não tem de ser. E é muito mais difícil do que utilizar uma solução generalista, porque exige de nossa parte uma perseverança inusitada. Embora não imagine James Dyson a chorar enquanto se consola com os seus morangos biológicos porque mais um protótipo não cumpre os seus padrões de qualidade, é certo que ele enfrentou em muitos momentos a necessidade de encontrar a força para perseguir o possível e desistir do que não era prático (ainda quero ver um automóvel Dyson).

Como um Dyson qualquer, o Mini cutaway com que James homenageia Alec Issigonis… funciona.

Desde jovem, Dyson percebeu como engenhosamente criar soluções aperfeiçoadas para problemas com soluções banais. Nascido numa família de construtores civis, os carrinhos de mão eram para mim algo banal. São iguais em todo o lado e, tal como eu, James Dyson percebeu que se enterram em qualquer local e não são bem equilibrados. São como são apenas porque a solução funciona mais ou menos.

Criou então o Ballbarrow em 1974, recorrendo a uma bola em vez de uma roda, e provando que este carrinho de mão tinha menos tendência para se enterrar e mantinha uma maneabilidade superior. Dyson usara habilmente um conceito muito importante de que quanto menor a pressão do solo (uma função da divisão do peso do objeto pela área de contacto), menor a tendência para enterrar em solo mole.

Dyson soube reconhecer uma revolução potencial e eis um salto no tempo para 2005 quando lança o DC15, também conhecido como “a bola” por razões óbvias, oferecendo a este enorme aspirador vertical uma agilidade impossível. A “bola” continuou a aparecer noutros modelos, e tornar-se-ia icónica.

Mas se olharmos para o DC15 é notória a presença de cones responsáveis pela criação de ciclones que separam o lixo. Esta invenção tem também um longo caminho, que começa casualmente, em 1979 quando Dyson percebeu que o seu aspirador Hoover Junior, tinha tendência para entupir, de forma muito simples porque o pó aderia às paredes do saco, tapava os poros e retirava poder de sucção. Ao visitar uma serralharia, Dyson viu como o pó era extraído por ciclones industriais e criou uma versão miniaturizada. A sua determinação seria testada ao longo de anos, pois nenhuma marca pegou na sua ideia: afinal, os aspiradores normais funcionam suficientemente bem para ninguém se preocupar.

A história dos aspiradores Dyson começa aqui, no DC01. A história do DC01 começa 15 anos antes.

Dyson, sumariza bem este bloqueio à revolução tecnológica no seu “Invention: a Life”: era expectável que um aspirador tivesse perdas de sucção. Pensar o contrário nem sequer era tema. Depois, havia todos um negócio lucrativo de substituição de sacos e, no geral, os fabricantes de eletrodomésticos não se interessavam por revoluções, preferindo os produtos seguros e consagrados. Era a antítese do pensamento de Dyson e atascou o seu revolucionário aspirador.

Até ao dia em que a Apex chegou a acordo para criação do revolucionário G Force, lançado em 1986 e 7 anos depois como o Dyson DC01, para se tornar o aspirador mais popular do Reino Unido. Foi uma viagem desconfortável de 15 anos ao longo da qual Dyson se endividou e fabricou 5.127 protótipos, mostrando que a ciência se faz criadora através da resiliência.

Um homem normal seria facilmente derrotado por esta tarefa fastidiosa. Um homem atual facilmente se deixaria tentar por um “unicórnio”, um flash mental. Dyson, por outro lado, é um dedicado estudante de Isambard Kingdom Brunel, engenheiro Britânico da pura revolução industrial, responsável invenções que se usam hoje em dia em todo o mundo, como a hélice naval. Brunel é mais famoso pelo recordista SS Great Eastern, um maravilhoso e doloroso experimento que revolucionou tanto quanto falhou.

Brunel era um homem metódico e seguia o método científico com perseverança, concebendo, testando, reformulando. Curiosamente, Brunel sabia algo sobre aspiração. Conceberia um comboio atmosférico, onde as composições de moviam por tração a vácuo criado por diversas estações ao longo do caminho, atingindo assim mais de 100Km/h sem poluentes.

A Dyson porque é a Dyson, porque não um English Electric Lightning pendurado nas instalações? O caça de Mach 2 foi dos maiores triunfos tecnológicos Britânicos dos anos 60. Completo com mísseis de Havilland Firestreak.

Portanto, James Dyson tinha um sucesso em mãos, mas é um homem demasiado irrequieto para se contentar em ter a que é provavelmente a mais reconhecida marca de aspiradores. Para ele, o aspirador em si mesmo não era tanto o objetivo, quanto o resultado de se ter desafiado a solucionar um problema. Essa filosofia e perseverança significou que ao longo da sua carreira, James foi identificando outros problemas e subitamente a Dyson era sinónimo de ventoinhas sem pás, secadores de mãos sem papel, purificadores de ar. Não acordou um dia a marca e pensou “pessoal, vamos fabricar purificadores de ar porque é um segmento interessante”. Acordou um dia e pensou: o que faço com as alergias? Purifico o ar. Como?

O objetivo final nunca é o produto. O produto é o fruto do problema compreendido e solucionado: eis Dyson como processo e mentalidade problem solving.

A Dyson deixou de ser uma marca de aspiradores ou uma marca de ventiladores, para ser uma marca dos problemas que decide resolver. Divide-se em várias “ciências”, ou áreas de interesse, como o ar, a aspiração, o cabelo, e em cada uma identifica problemas a resolver. Isso significa que, para a Dyson, não há limites nem barreiras como target, segmentos de mercado, core business.

A filosofia de James Dyson é incompatível com pensar que há problemas demasiado indignos para não serem resolvidos pelo seu prestígio, ou que só há lugar a soluções dentro da atual linha de montagem. É por isso que cada novo produto é único e refinado e o próximo problema que James Dyson lançar num brainstorming pode gerar um produto totalmente surpreendente numa área inesperada. É quase certo que precisamente isso está a caminho: a marca tem como objetivo entrar em novos campos até 2025, levando a casa para todo um novo patamar.

Para o conseguir, a Dyson já se transformou numa incubadora de talentos e inovadores, afirmando-se igualmente como autoridade no estudo científico e compreensão do ar ou do pó:

Instituto de Engenharia e Tecnologia da Dyson

A paixão de James por resolver problemas vai muito além do laboratório. Frustrado com a falta de talento em engenharia no Reino Unido – demonstrada pela falta de cerca de 20.000 engenheiros cada ano – e o reduzido currículo em design e engenharia nas escolas, James decidiu tomar as rédeas da situação e desenvolveu uma forma criativa de abordar a educação nesta área: o Instituto de Engenharia e Tecnologia da Dyson.

Trata-se de uma instituição privada de Ensino Superior em Inglaterra fundada em 2017 pelo James Dyson baseada no campus de tecnologia da empresa em Malmesbury. O público-alvo são pessoas com paixão por resolver problemas e fascinadas por saber como funcionam as coisas; pessoas que preferem envolver-se na prática perante desafios reais de engenharia. Os alunos têm um salário e não pagam propinas. Em setembro de 2021 celebrou-se a conclusão do primeiro curso de 4 anos, sendo que os alunos podem optar por continuar na empresa ou não.

O Instituto de Engenharia e Tecnologia da Dyson é um novo modelo de educação em engenharia que combina o rigor académico de uma universidade tradicional com experiências hands-on do mundo real e com produtos e tecnologias reais dentro de uma empresa tecnológica global.

Fundação James Dyson 

Além dos campus, Dyson apoia vários programas de impacto social, particularmente através da Fundação James Dyson. Fundada em 2002 apoia programas educacionais relacionados com design, tecnologia e engenharia no Reino Unido, América, Japão, Singapura, Filipinas e Malásia. Até à data, James Dyson e a Fundação já doaram mais de 158M€ a conceitos disruptivos em educação e outras causas de caridade, incluindo o James Dyson Award. Este prémio reconhece invenções pioneiras de estudantes em todo o mundo, desafiando-os a desenhar algo que solucione um problema. Desde que a competição começou em 2005, o prémio já apoiou quase 300 invenções de 23 países com prémio monetário. 65% dos vencedores comercializaram com sucesso os seus projetos.

A tecnologia por trás do design

Motor Dyson Hyperdymium – 100 milhões alcançados

Tudo começou com um problema – o uso de motores convencionais num aspirador sem fios dado que retirar os fios significava reduzir o poder de sucção. Em 1999, os engenheiros da Dyson dedicaram-se a pensar fora da caixa e 4 anos depois descobriram o revolucionário Motor Digital Dyson – o X020. 

No coração da maioria das máquinas encontra-se um motor Hyperdymium, desenhado com eficiência energética desde a raiz. Ao longo dos últimos 20 anos, a Dyson tem-se focado no desenvolvimento destes motores pequenos, de alta velocidade e eficientes que substituem as alternativas tradicionais pesadas e que além do mais são quatro vezes mais rápidos e até cinco vezes mais leves. 

As instalações de topo incluem 300 robots autónomos, o que significa que as linhas de montagem e produção podem estar em rápido funcionamento, guiados pelos olhos e mãos dos engenheiros e operadores. Cada robot consegue repetir movimentos centenas de vezes por minuto, com uma fiabilidade de mícrons – algo que nenhum humano consegue.

Ambas as instalações de produção apresentam números impressionantes: em Singapura há oito linhas de produção e produz-se um motor a cada dois segundos, enquanto nas Filipinas há seis linhas de produção que produzem 270.000 motores por dia.

Ciência do Pó 

Na Dyson, uma das missões é entender o que há no pó. Até onde é conhecido, a Dyson é o único fabricante de floor care do mundo com laboratórios internos de microbiologia. De facto, têm laboratórios dedicados que analisam os componentes de pó doméstico e investem milhões de euros anualmente em amostras de forma a garantir que as máquinas são otimizadas para apanhar o pó corretamente – mesmo o que não se vê. As equipas passaram quase 20 anos a estudar pó real para desenhar aparelhos que retiram facilmente a sujidade visível, além de apanhar e filtrar partículas microscópicas do pó doméstico com o simples propósito de manter as casas limpas e protegidas.

O pó doméstico é uma mistura complexa de partículas que incluem células mortas da pele, cabelo, ácaros do pó e respetivas fezes, bactérias, vírus, bolor, pequenos insetos e outras fibras. Muitas destas partículas são apenas visíveis ao microscópio, pelo que não é de surpreender que à maioria das pessoas falte clareza sobre o pó que têm nos ambientes interiores. Além das componentes biológicas do pó, partículas sintéticas tais como microplásticos são cada vez mais comuns. De facto, foram encontradas partículas microscópicas de pneus de borracha em amostras de pó analisadas nos laboratórios de microbiologia da Dyson. Muitas delas são suficientemente pequenas para ser inaladas quando movimentadas (ao abrir e fechar cortinas).

Ciência do Cabelo

A empresa tem vindo a investigar a ciência do cabelo há quase uma década, investindo mais de 117M€ nos laboratórios mais sofisticados de todo o mundo e empregando milhares de cientistas do cabelo, engenheiros e profissionais para detetar novos conhecimentos sobre cabelos. 

Uma equipa de 30 cientistas estudou mais de 1.600km de cabelo humano vindo de diversas partes do globo ao longo de quatro anos. O cabelo está categorizado em três fatores: o tipo, que varia entre o liso e os canudos; o diâmetro, que varia entre o fino e o grosso; e a densidade, que é a combinação da grossura do cabelo e o número de fios de cabelo na nossa cabeça. A Dyson testou o primeiro secador em distintos tipos de cabelo e construiu equipamentos de teste que simulam técnicas de secagem de cabelo – onde descobriram que os diferentes tipos de cabelo reagem ao stress do manuseamento de forma diferente.

É esta vontade de entender o cabelo, saber como geri-lo e uma abordagem incansável à engenharia que levou a que fossem surgindo melhores formas de trabalhar o cabelo. A pesquisa da marca demonstrou que uma das maiores frustrações é o cabelo danificado devido ao uso de modeladores que aquecem demasiado.

Filtração

Nem todos os filtros e máquinas são feitos da mesma forma. O modo como são desenhados, construídos e fechados determina a sua performance de filtração. Filtrar não é só ter um bom filtro – tecnologia ciclónica, design do filtro, saídas de ar e a selagem do produto deverão trabalhar lado a lado para expelir apenas ar limpo. Durante quase 30 anos, a marca tem vindo a melhorar a sua mestria em filtração. 

A mais recente tecnologia de aspiração da Dyson oferece a mais avançada tecnologia de filtragem em todas as etapas. O compartimento do lixo é apenas a primeira etapa, separando as maiores partículas que são visíveis a olho nu. Mesmo nos aspiradores mais pequenos e leves há um grande compromisso com a performance de filtração – não é negociável expelir somente ar limpo. Em vez de diminuir o filtro para o aspirador sem fios de 1,5kg, os engenheiros da marca trabalharam para fazer uma miniatura para encaixar a membrana PTFE de 1,6 metros (material do filtro) dobrada 122 vezes, para que o mais pequeno filtro ofereça o mesmo sistema de filtração avançada que as máquinas maiores sem fios.

Na procura do próximo problema para resolver e com foco em desenvolver tecnologia para espaços mais limpos e saudáveis, os engenheiros da Dyson viram o potencial das tecnologias da filtração noutras categorias de produtos – enfrentar, agentes poluentes em casas de banho, casas e espaços comerciais. 

A equipa interna de microbiologistas da Dyson coloca particular enfase em estudar o que tem vindo a ser capturado por filtros purificadores para compreender o ar em casas reais. Pólen, fragmentos de plantas, pelo de animais domésticos, pó, ácaros do pó e respetivas fezes aparecem com regularidade nos filtros dos purificadores ao redor do globo. Descobriu-se que todas estas partículas carregam ou produzem alergénios – os potenciadores para sintomas de alergias e asma. De realçar que aparecem tanto em aspiradores como em filtros de purificadores, mostrando a necessidade de limpar tanto as superfícies como o ar.

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