Todos os seguidores das actualidades de tecnologia conhecem neste momento o Xiaomi Mi 8 Explorer Edition com a sua capa transparente que supostamente mostra a motherboard do dispositivo, mas na verdade mostra um simulacro desta. O interior de um smartphone não é de todo tão simétrico e organizado como a Xiaomi quer fazer parecer, mas do ponto de vista estético, este layout idealizado é bastante mais atraente. Com os smartphones a procurarem ser cada vez mais finos sem comprometerem a capacidade das baterias e a autonomia, a movimentação da Xiaomi pode parecer contraproducente, ocupando o espaço com um acrescento estético. A Google foi no sentido contrário e parece ter uma patente para um novo arranjo de circuitos internos que poderão poupar bastante espaço dentro de um smartphone.

Ao olharmos para o Mi 8 Explorer Edition, é inegável a qualidade estética que o fotogravado acrescenta ao dispositivo total. É quase fascinante e visualizável, imaginar os electrões nos seus caminhos entre circuitos, mas a placa visualmente impressionante, é realmente pouco optimizada do ponto de vista técnico, com elementos amplamente espaçados e sem consideração por posicionamentos que minimizem perdas energéticas, por exemplo.

A Google recebeu agora uma patente que promete aumentar a eficiência dos circuitos ao mesmo tempo que poupa o precioso espaço dentro de um smartphone. O desenho parece recorrer a três placas separadas, uma das quais concentra conectores de diversas funcionalidades, e a restante concentrando componentes como a RAM, processador, modem, GPS e módulos fotográficos.

Uma terceira placa de circuitos conecta estas duas placas principais ao longo da lateral, o que geram um enorme espaço oco entre as duas placas principais que pode alojar desde logo uma bateria substancialmente maior do que é normal, sem sequer aumentar a espessura do smartphone. A concentração dos conectores numa das placas significa também que os componentes internos poderão ser facilmente deslocados para pontos diferentes, sem necessidade de ocupar o espaço interno com cabos conectores, já que a placa de conexão servirá de ponte entre estes componentes e o processador.

Além da bateria, o desenho da Google abre portas a novos componentes e tecnologias, que poderão ser integradas sem acréscimo na volumetria do smartphone, graças ao espaço interno conquistado. O desenho poderia permitir sensores fotográficos maiores, sensores biomédicos e outras tecnologias a bordo, de maneira fácil e concisa.

Smartphones dobráveis

Um ponto que não pode deixar de ser destacado é que este desenho poderá ser muito interessante para smartphones dobráveis. Nestes equipamentos, um dos principais desafios é mesmo a colocação da motherboard num ponto onde não seja afectada pelos movimentos de abertura e fecho do dispositivo, já que mesmo que a placa-mãe possa ser flexível, os circuitos em si mesmos não são.

A solução da Google permite separar os componentes em duas porções, mas mantê-los unidos por um conector flexível.

Não obstante o potencial desta patente, poderemos estar apenas perante um passo em direcção a uma futura tecnologia, não chegando este desenho a materializar-se. O seu potencial, no entanto, é muito interessante.

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