Todos nós já nos irritámos um pouco pelo menos uma vez com alguns anúncios online. Claro que os anúncios são muito importantes para o crescimento dos negócios, para que estes dêem a conhecer os seus produtos ao seu público alvo. No entanto, é também importante que a informação online seja precisa e de qualidade.

Assim sendo, a Google andou “à caça” de bad ads, que é como quem diz maus anúncios. De certo que já abriu uma página de algum site e que fechou-a logo de seguida, depois de ter um anúncio irritante que tinha de ver antes de puder ver o conteúdo que realmente pesquisou. A Google quer evitar que isso aconteça, quer seja porque são ofertas irrealistas, quer seja porque estes são de facto produtos ilegais. Para além de puderem enganar muitos utilizadores, também pode levá-los a partilhar informação pessoal ou infectar os dispositivos com software malicioso.

Para que isto seja evitado, a gigante norte americana tem um conjunto de regras que controlam o tipo de anúncios que são permitidos. Para além disso, nesta luta contra bad ads está também presente uma equipa de engenheiros, especialistas e gestores de produtos.

Só em 2016 foram removidos 1.7 mil milhões de anúncios que violavam as políticas de publicidade. Isto é mais do dobro do que foi eliminado em 2015.

A Google conseguiu atingir este número graças a dois novos passos implementados nos sistemas. O primeiro foi estender as regras para proteger melhor os utilizadores de ofertas enganadoras e predatórias. Em Julho foi introduzida uma política para banir anúncios de empréstimos de curto prazo. Nos seis meses que se seguiram foram eliminados mais de 5 milhões de anúncios a empréstimos de curto prazo.

Google

O segundo novo passo foi reforçar a tecnologia de modo a que fosse possível assinalar e desactivar muito mais rapidamente os bad ads.

Outro exemplo de anúncios que foram eliminados, foram anúncios tentam incitar clicks e visualizações ao enganarem, intencionalmente, as pessoas com informação falsa, perguntando, por exemplo, “Será que corre o risco de sofrer desta doença rara de pele?”, ou oferecendo uma cura milagrosa como por exemplo um comprimido que ajuda a perder 22 kgs em três dias sem qualquer tipo de exercício.

Um outro bom exemplo deste bad ads são os que acontecem não no computador mas sim no smartphone. Se alguma vez se deparou com uma aplicação a ser descarregada no seu smartphone sem qualquer aviso prévio, o culpado pode ser o chamado “self-clicking ad”. No ano passado foram eliminados mais de 23 mil “self-clicking ads”.

No ano passado ficámos a conhecer um novo tipo de bad ads, os tablois cloakers, estes apresentam-se como uma notícia.  Geralmente, os cloakers aproveitam os temas mais populares e polémicos do momento – eleição de um novo governo, uma noticia popular ou uma celebridade – e os seus anúncios podem parecer idênticos aos títulos de um site de noticias. Quando o utilizador clica na notícia são reencaminhados para um website de venda de um produto.

Para combater este tipo de anúncios os próprios autores foram eliminados e impedidos de voltarem a fazer publicidade com a Google. Infelizmente estes anúncios estão a ganhar popularidade porque muitos utilizadores continuam a clicar nestas falsas notícias.

Para além de todo este trabalho, a Google apoia os esforços da indústria como a coligação “Coalition for Better Ads” para proteger os utilizadores das más experiências na internet.

Muitos bad ads foram eliminados em 2016 mas a batalha não pára e a Google continua eliminar várias ameaças todos os dias e a zelar pelos melhores interesses dos seus utilizadores.

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