Com a evolução tecnológica dos smartphones, e ainda mais a sua evolução física até ecrãs de 6 polegadas, os tablets perderam uma boa parte da sua relevância e já não são o mercado de grandes dimensões que costumavam ser. Ainda assim, com dezenas milhões de unidades vendidas por ano, as marcas com amplitude capaz de fornecer lucro neste segmento continuam a apostar forte nele e, sinal da sua crescente supremacia, a Huawei acaba de ultrapassar a Samsung, para se tornar o segundo maior vendedor de tablets a seguir à Apple.
Segundo o Digitimes, o mercado dos tablets caiu 8,9% no segundo trimestre de 2019 (8,7% face ao período homólogo), com um total de 37.15 milhões de unidades vendidas, ainda assim um aumento de 13,8% face ao ano passado, muito por motivo do lançamento dos novos iPad da Apple e MediaPad da Huawei. Foi neste panorama que a Huawei conseguiu tornar-se a segunda marca de tablets no mundo, desalojando a Samsung, depois de nos smartphones ter desalojado a Apple.
Parte da resposta está na excelente relação qualidade-preço dos MediaPad, mas também na sua correta leitura do mercado, já que os tablets com pelo menos 9 polegadas viram um crescimento na procura, enquanto os pequenos tablets abaixo das 8 polegadas registaram uma queda de 6.7%. Os tablets acima das 10 polegadas são já 50% do mercado e devem continuar a crescer em importância.
Com o crescimento do mercado de 10 polegadas, a Qualcomm também se tornou o segundo maior fornecedor de chips para tablets, com a MediaTek a sofrer quebras na sua quota de mercado em boa parte por os seus chips serem utilizados nos tablets mais pequenos.
Claro que ninguém se importa que para conseguirem isto tem que escravizar seres humanos a trabalharem das 9 da manhã às 9 da noite 6 dias por semana. Sobre isso é que gostava de ver uma notícia.
Miguel, agradecemos o comentário. Não nos compete ajuizar das condições de trabalho da Huawei que não tem no seu histórico as queixas de outros concorrentes, e estou em crer que as condições não serão piores que as de um trabalhador médio em Portugal. Os utilizadores deverão sim, fazer as suas compras em consciência.