Em desenvolvimento há pelo menos dois anos, o HarmonyOS recebeu maior prioridade graças à ofensiva Americana na guerra económica contra a China e a Huawei em particular. O Android deverá, ainda assim, continuar a ser o sistema operativo mobile de eleição.
Ate agora conhecido como HongmengOS, o HarmonyOS foi apresentado como um sistema operativo polivalente baseado num micro kernel, pensado para todos os dispositivos. Com capacidade de RAM de kilobytes a gigabytes, o HarmonyOS será compatível com smartphones, televisores, computadores, wearables e mesmo veículos.
A sua natura open source significa que os programadores terão facilidade acrescida na criação de apps e atualizações, com o compilador ARK a suportar linguagens Kotlin, Java, Javascript, C e C++. A Huawei oferecerá igualmente um SDK.
Entretanto, o HarmonyOS irá destacar-se pela sua compatibilidade com apps HTML5, Linux e Android.
Pronto para substituir o Android
Relativamente ao sistema Android, a Huawei foi peremptória: o HarmonyOS não substituirá o Android, e será utilizado em primeiro lugar na nova Honor Vision TV.
Mas, caso a Huawei se veja impedida de utilizar o Android de algum modo, o HarmonyOS poderá substituí-lo de imediato. Neste caso, o HarmonyOS é a carta de trunfo de que a Huawei pode sacar a qualquer momento, caso se veja apertada pela administração Trump, prejudicando grandemente a Google e os seus serviços.
Verdadeiramente universal
O HarmonyOS é extraordinário pela promessa de ser verdadeiramente universal, compatível com todos os dispositivos eletrónicos atuais, adiantando-se a esse objetivo ao Fuchsia da Google. O seu poder para agitar o mercado é, por isso, enorme, já que em caso de aperto a Huawei o poderia utilizar em teoria nos seus smartphones, tablets e computadores sem grandes soluços, caso se visse em perigo por parte da Microsoft ou Google.
Caso a marca continue a utilizar o Android por conveniência, será muito interessante ver a interoperabilidade dos dois sistemas.
