Investigadores da University of Illinois at Chicago, UIC, desenvolveram uma maneira de imitar a capacidade das plantas converterem dióxido de carbono em combustível. Na prática, estamos na presença de uma Folha Artificial que pode ser usada para diminuir a quantidade de gás dióxido de carbono, perigoso, na atmosfera e produzir energia limpa.
Segundo Amin Salehi-Khojin, investigador chefe do projecto e professor de Engenharia Mecânica e Industrial na UIC, a Folha Artificial essencialmente recicla dióxido de Carbono, sendo completamente alimentada pela energia solar, imitando assim o processo de fotossíntese, que já todos conhecemos. Mais concretamente:
folhas REAIS usam a energia do Sol para converter dióxido de Carbono em Açúcar. Na folha Artificial que criámos, usamos o sol para converter o dióxido de carbono em gás Sintético, que pode ser convertido em Hidrocarbonetos, como a gasolina
Mas como funciona a Folha Artificial?
Salehi-Khojin explicou um pouco melhor como a mesma vai funcionar. A energia do sol reorganiza as ligações químicas do dióxido de carbono, fazendo com que esta energia seja armazenada na forma de ligações químicas, que podem ser queimadas como combustível.
A capacidade de guardar a energia solar desta maneira, pode resolver o problema do armazenamento de energia. Tecnologias como turbinas de vento e painéis solar estão cada vez mais evoluídos e maduros, de tal modo que estas formas de produzir energia são cada vez mais economicamente viáveis. No entanto, e apesar de as grandes companhias já apostarem nestas fontes de energia renováveis, o armazenamento da energia produzida não é fácil nem rentável.
Apesar de cada vez mais se investir no desenvolvimento das baterias, as projecções feitas afirmam que apenas no final da década, estas poderão ser baratas o suficiente para competir com os combustíveis fosseis.
O professor Michael R. Wasielewski, director executivo do Institute for Sustainability and Energy na Northwestern University, acredita que esta descoberta pode levar as tecnologias de energias renováveis mais longe.
Quer use sol ou vento como forma de produzir electricidade, temos uma fonte que é intermitente e não é armazenável, como tal temos de arranjar maneira de Armazenar a mesma. Esta folha artificial Fecha o ciclo do carbono para não haja nenhum excesso de CO2, sendo uma maneira amiga do ambiente de armazenar esta energia renovável.
O estudo que apresenta esta investigação foi publicado a 29 de Julho, na revista Science. Como tal para proteger esta mesma investigação, já foi submetida uma patente sobre esta tecnologia. Salehi-Khojin também recebeu 330,000$ da National Science Foundation para ajudar com a investigação.
Cientistas em todo o mundo tem estudado este tipo de reduções de carbono ao longo dos anos. A equipa da UIC descobriu um catalisador que é capaz de quebrar as ligações químicas do dióxido de Carbono, melhor que as técnicas actualmente utilizadas.
Salehi-Khojin acredita que um protótipo poderá estar disponível nos próximos 5 anos, considerando que o melhor local para instalar a futura quinta solar, será junto a zonas com fábricas de energia, de modo a reciclarem o dióxido de carbono que as mesmas produzem, gerando ainda mais energia.
Por outro lado o Professor Nathan Lewis da California Institute of Technology, que tem estudado combustíveis solares e fotossíntese artificial à mais de 40 anos, disse que o desenvolvimento da UIC’s é apenas uma pequena peça de um eventual produto de combustível solar que pode ser amplamente implementado.
Existem muitos passos que necessitam de OCORRER para imaginar como isto se irá transformar num produto comerciável, mas é um passo para a construção de um pedaço de um sistema completo que pode ser útil. Vai ser necessário muito esforço de muitas pessoas para realmente empurrar isto até aos Objectivos finais.
E os nossos leitores, acreditam que este projecto vai ser um sucesso?