Os smartphones são cada vez mais resistentes, e protecções como o Gorilla Glass 5 prometem manter o ecrã intacto, mesmo com quedas superiores a um metro de altura. Mas quando as condições certas (ou erradas) se dão, ficamos com um ecrã partido, caro de reparar e potencialmente inutilizado. É por isso que um novo painel desenvolvido pela Universidade da Califórnia pode vir a ser um verdadeiro salva-vidas, graças à capacidade de “cicatrizar” lanhos e falhas.

Para sermos claros, não é a primeira vez que se concebem materiais capazes de auto-reparação. Um tal material pode ser encontrado no painel traseiro do LG V10. No entanto, o novo polímero é o primeiro material do género que possui boa condutividade eléctrica, tornando-se particularmente útil para os ecrãs de smartphones da actualidade.

O material efeito dum polímero e um tipo de sal, criando fortes interacções ião-dipolo. Este tipo de interacções é a mais forte das forças intermoleculares, e resultado das forcas electrostáticas entre iões e moléculas polares. Graças a estas interacções, quando o painel sofre um corte, a enorme atracção intermolecular leva o polímero a esticar-se até voltar a ocupar o espaço deixado pelo golpe.

Como o polímero é altamente elástico e pode esticar até 50x, o potencial para reparação de cortes é bastante amplo.self-healing

A superfície não ficará isenta de marcas, pelo menos não para já, mas a capacidade de uma película se cicatrizar e manter a condutividade eléctrica significa que poderão acabar-se alguns dos piores pesadelos dos utilizadores de smartphones.

Poderemos ainda demorar algum tempo até termos os nossos smartphones totalmente a salvo, já que este material não deverá chegar ao mercado antes de 2020. Aí, terá aplicações úteis não só em ecrãs de telemóveis, mas igualmente em baterias, onde a sua capacidade de conduzir electricidade e auto-reparação de danos poderá significar maior durabilidade e segurança.

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