É muito fácil gostarmos dos equipamentos da Xiaomi. Dos smartphones aos dispositivos inteligentes, os produtos da marca têm um cuidado com a apresentação e com a experiência de utilização que torna vários aspetos da nossa vida mais fácil. Mas há coisas que me irritam na Xiaomi. O Mi Notebook Pro X 15 OLED irrita-me.
O Mi Notebok Pro X 15 OLED é um portátil desavergonhadamente de luxo, com alia design limpo e moderno a um hardware brutal. O corpo é feito de alumínio aeronáutico com acabamento com pulverização de cerâmica. O seu ecrã de 15.6″ é, desde logo, um dos melhores do mercado, se não o melhor. É, afinal, uma unidade OLED com resolução 3.5K E4 com contraste de 1000000:1, 600 nits de brilho e 100% de cobertura do DCI-P3, DisplayHDR 500 e certificação TÜV Rheinland. A cereja no topo do bolo é o vidro Gorilla Glass para garantir uma proteção superior.
Claro que, como é até agora norma, não vamos poder tocar este excelente ecrã tão cedo, porque a Xiaomi ainda não disponibiliza os seus portáteis em Portugal.
Se ainda não estão chateados, dentro deste equipamento encontramos os mais recentes processadores Intel, com uma configuração máxima com um Intel Core i7-11370H a 4.8GHz, gráfica Nvidia GeForce RTX 3050 Ti, um máximo de 32GB de RAM LPDDR4 a 4266MHz e 1TB SSD. E não é por isso que a Xiaomi cortou em conectividade: temos uma entrada Thunderbolt 4, portas USB-C, USB-A, HDMI 2.1 e jack de áudio.
OK, de momento nem estou muito chateado, mais algo sem fôlego por teclar isto tudo a correr. E ainda faltam alguns detalhes, nomeadamente a presença de Wi-Fi 6 e um botão power integrado com o leitor biométrico. A Xiaomi fornece ainda um carregador de 130W que permitirá uma carga rápida capaz de repor 50 da bateria em 25 minutos, embora a autonomia total esperada não seja revelada.
A Xiaomi não é de todo uma estreante em portáteis leves, bem rematados e competentes, mas continuamos à espera de os ver com teclado Português ou sequer disponíveis em Portugal. Mesmo com um teclado Inglês menos ideal. Isto irrita-me realmente um pouco. Quero estes equipamentos em Portugal, onde a concorrência só fará bem a todos os consumidores e a espera já vai longa. Muito longa.
Claro que se pensar nisso, até compreendo. Uma marca como a Xiaomi tem mostrado que gosta de fazer as coisas bem feitas e há um longo caminho de certificação dos equipamentos novos para entrada num mercado. A espera que garanta apoio pós-venda, seguros, garantias, é sempre preferível e, já que a Smartmi chegou ontem a Portugal, tenho alguma esperança renovada. Recentemente, tive a oportunidade de falar com alguns elementos da marca e não faltará tudo para que estes portáteis cheguem a Portugal.
Logo que possível, Xiaomi. Não quero estar zangado convosco.