De acordo com o Estudo PayPal sobre Consumidores Transfronteiriços 2016, mais de metade dos consumidores online portugueses adquiriram roupa, sapatos ou acessórios nos últimos doze meses.

No entanto, parte destas compras deverão ser transfronteiriças, já que 44% dos consumidores online portugueses que compram em sites estrangeiros também alegaram ter comprado vestuário, calçado e acessórios a partir de sites de outros países nos últimos 12 meses.

Viagens e transportes é outra das categorias no topo das compras online, 45% dos inquiridos compraram viagens online no último ano e 29% fê-lo a partir de sites de outros países, assim como tecnologia, onde 41% dos consumidores confirmou ter adquirido online um objecto electrónico e 39% a partir de sites internacionais. No final da lista estão produtos relacionados com decoração e jardim, que correspondem apenas a 9% das compras online gerais e a 7% das compras internacionais.

A principal razão pela qual as pessoas compram em sites estrangeiros prende-se com os preços mais baixos, razão escolhida por 91% dos consumidores e por 87% dos que optaram por sites ou produtos de origem chinesa. A China é o segundo maior mercado para o consumidor português, com 41% dos inquiridos a confirmar que compraram, nos últimos doze meses, em sites de origem chinesa.

A seguir à China, é Espanha que está em 3º lugar nos mercados de compra internacionais, com 38% dos consumidores online a confirmar terem comprado a partir de sites de origem espanhola. O “acesso a itens não disponíveis no meu país” foi a justificação escolhida por 67% das pessoas que compram a partir do Reino Unido.

A principal razão que levaria os consumidores online a recorrer a sites do seu próprio país seria um menor custo total dos produtos, razão seleccionada por 62% dos inquiridos, seguida pela oferta dos portes (59%) e pela segurança no pagamento (52%). Quanto a factores que tornariam os fãs de compras via internet mais dispostos a comprar em sites de outros países, destacam-se a segurança do pagamento, os portes grátis e a capacidade de comprar produtos difíceis de encontrar localmente.

Mais de metade dos portugueses concordam que “não é importante se o fornecedor se encontra no exterior do país ou não” e 54% confia nos vendedores internacionais da mesma forma que nos nacionais. Portugal aparenta ser um dos países mais abertos a vendedores internacionais entre os países inquiridos.

A língua não parece ser uma barreira para os portugueses, já que 70% afirma ter feito compras em sites cuja língua não era a nativa e apenas 31% concorda que não se sentiria à vontade a fazer compras em sites de outros idiomas. Com efeito, Portugal é o segundo país neste inquérito que demonstra estar mais à vontade com outras línguas, logo a seguir da Suécia.

Outras razões importantes que influenciam a decisão prendem-se com o “período de entrega muito longo” e o “processo de checkout confuso”, ambos mencionados por 22% dos consumidores.

Miguel Fernandes, Head of Sales do PayPal Portugal, afirmou que:

Depois de revelarmos que os portugueses são quem faz mais compras transfronteiriças online, decidimos procurar o que poderia levar a estes resultados e que oportunidades é que os vendedores nacionais poderiam explorar. Nesta segunda pesquisa, descobrimos que os portugueses são das pessoas que mais confiam noutras nacionalidades no que diz respeito às compras online. Aleado à habitual facilidade portuguesa de falar outras línguas, estes aspectos parecem fazer com que as pessoas comprem mais a nível internacional, influenciadas pelos melhores preços e pelo acesso a outros produtos que, de outra forma, não estariam acessíveis. É também muito interessante ver que ainda há espaço para crescer em termos de compras transfronteiriças online, já que, como vemos, quase metade das pessoas dizem deixar o site antes de concluir a compra e que a segunda principal causa diz respeito à inexistência da opção de pagamento preferencial.

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