O Samsung Galaxy S10 foi oficializado ontem com um lista bastante ampla de especificações técnicas, algumas das quais podem passar despercebidas ao utilizador, mesmo se uma delas esteja mesmo à frente dos nossos olhos: o Samsung Galaxy S10 possui o primeiro ecrã HDR10+ no mundo, e isso é um dos motivos pelos quais este será um dos melhores ecrãs do mercado em 2019.

Qual a importância de um ecrã HDR?

Os nossos smartphones são cada vez mais dispositivos de multimédia, com câmaras mais potentes e mais serviços disponíveis para streaming de vídeo de alta resolução, como o Netflix, já disponível em HDR. Ora um ecrã pode reproduzir apenas uma gama de cores limitada. Pensem nos “16 milhões de cores” típicas das especificações dos smartphones.

Se este valor parece impressionante, na verdade é extremamente limitado para conseguir tirar o máximo proveito de conteúdo cinematográfico e face a um ecrã normal, um ecrã HDR pode reproduzir mil milhões de cores, o equivalente a quase dez vezes mais intervalos de cor entre o mais claro e o mais escuro do ecrã. O que num ecrã de 16 milhões de cores é puro preto ou branco sem detalhe passará a ter textura e gradações de cor.

A enorme diferença entre HDR10 e HDR10+

Para um conteúdo ser disponibilizado num ecrã em HDR, este inclui metadados que indicam ao ecrã qual é o ponto intermédio da gama dinâmica. Ou seja, cada conteúdo HDR diz ao ecrã qual é o ponto médio entre o mais negro e o mais claro, permitindo tirar o máximo proveito das cores que o ecrã pode reproduzir. Todavia, quando um vídeo alterna cenas claras com escuras, este ponto intermédio é uma aproximação e menos do que ideal.

A grande mudança do HDR10+ é, por isso, enorme, ao acrescentar um canal de metadados dinâmicos. Este canal permite a alteração do ponto intermédio da gama dinâmica em tempo real, frame a frame, pelo que de uma cena escura em que o ponto intermédio é optimizado para manter as texturas nos negros, podemos passar para uma cena em pleno dia em que não se queimem as luzes. Metadados estáticos teriam que levar a um compromisso em que talvez nenhuma das cenas ficasse o melhor possível.

A tecnologia permitirá assim levar mais longe a reprodução de cores exactas em vídeo e fotografia, superando a maioria dos ecrãs disponíveis neste momento, mesmo aqueles com HDR10.

HDR10+ vs Dolby Vision

Também a Dolby Vision é uma tecnologia HDR com canal de metadados dinâmicos, mas a diferença principal face ao HDR10+ criado pela Samsung é que a Dolby Vision tem custos de licenciamento e o HDR10+ é um padrão aberto, disponível neste momento para mais de quarenta parceiros, incluindo Amazon Prime, Netflix, Qualcomm, Warner Bros, etc., pelo que os conteúdos não faltam, pois já estão disponíveis para os televisores Samsung com esta tecnologia.

Um smartphone imbatível para multimédia

É óbvio que a Samsung será desafiada neste patamar pelas suas concorrentes, mas neste momento os ecrãs do trio Galaxy S10 prometem ser os melhores ecrãs para multimédia, desde que o utilizador tenha serviços de streaming dos quais possa tirar proveito. Ao juntarmos este ecrã ao áudio de alta resolução, o Galaxy S10 não está para brincadeiras e começamos a perceber porque tem o preço que tem. Quão bom este ecrã é, no entanto, só a prova do terreno poderá dizer.

Mas a diferença também se fará na fotografia. Com 1440 x 3040 pixéis de resolução, o ecrã do Galaxy S10 tem o equivalente a 4 milhões de pixéis. A sua câmara principal, no entanto, capta 12 milhões de pixéis, pelo que a capacidade de reproduzir ainda mais cores permitirá ver com mais detalhe as fotografias tiradas pelo smartphone.

Portanto, os ecrãs do trio Samsung Galaxy S10 são definitivamente game changer que as restantes marcas procurarão igualar.

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