Os Redmi K50 e Redmi K50 Pro são oficiais e, por mais que o K50 seja um smartphone muito interessante por si só, o destaqie pode ir sem reservas para o K50 Pro, munido do potente Mediatek Dimensity 9000 que tem arrasado a concorrência nos benchmarks e que poderemos ver o que fará no mundo real.
Um conto de dois processadores
Desavergonhadamente um concorrente direto do Snapdragon 8 Gen 1, o Dimensity 9000 conta com um grande núcleo Cortex X2 a 3.05GHz, casado com 3 Cortex A710 a 2.85GHz e 4 Cortex A510 a 1.8GHz. É uma segmentação de núcleos que lhe permite efetuar tarefas quotidianas com máxima eficiência energética por um lado, e bombar a sério com os jogos mais potentes quando o Cortex X2 ganha toda uma vida. O processador tem ainda 8MB de cache L3 e 6MB SLC.
O casamento ideal é com memória RAM LPDDR5X, a qual o Redmi tem de sobra. Ora, fabricado num moderno processo litográfico de 4nm da TSMC, o Dimensity 9000 será um processador de grande eficiência energética, contudo a Redmi não quis arriscar e o Redmi K50 Pro conta ainda com um sistema de refrigeração de 7 camadas. Com isto, o Dimensity 9000 tem todo o potencial para se bater com o Snapdragon 8 Gen 1 e mesmo superá-lo.
Entretanto, o Redmi K50 conta com o Dimensity 8100 que, não sendo de todo tão poderoso quanto o 9000, também não é nenhuma lesma. De facto, o Dimensity 8100 mostra-se potencialmente superior ao Snapdragon 888 do ano passado e ao Snapdragon 870 que é o chip obrigatório nos segmentos premium e um dos meus favoritos do momento, se é que podemos ter algum clubismo de processadores. O chip é tão recente que ainda sentimos o cheiro do silício e tem uma arquitetura mais clássica, usando quatro Cortex-A78 e quatro Cortex-A55, portanto sem o super núcleo X2.
Se estão preocupados com autonomia, não estejam. Ambos chegam munidos baterias generosas, com o K50 Pro a apresentar uma unidade de 5000mAh com 120W de carregamento capaz de repor a carga em menos de 20 minutos. Já o K50 coloca em jogo uma unidade de 5500mAh com carregamento de 67W.
Um ecrã para todos satisfazer
Não importa qual escolham, a Redmi mune os dois K50 de um ecrã AMOLED de 6.7″ QHD+ (3200×1440), o que se pensarmos muito bem nisso é extremamente raro encontrar tanto na versão Pro, quando na versão “padrão”, dando argumentos extra a ambos, face á sua concorrência mais direta ainda presa a ecrãs FHD.
O painel oferece 120Hz de taxa de atualização e é protegido por Gorilla Glass Victus. Novamente ambos os K50 contam com esta proteção acrescida com o melhor vidro protetor do mercado.
Resolução de sobra
Chegados às câmaras, o módulo fotográfico não é grande só porque sim e, no caso do Redmi K50 Pro encontramos uma câmara principal de 108MP fabricada pela Samsung, com estabilização ótica de imagem. Há, obviamente, um enorme potencial nesta câmara, para a captação de amplas gamas dinâmicas nas condições mais adversas e a estabilização é um must.
O resto do setup fotográfico não é surpreendente, já que a ultragrande angular de 8MP e a macro de 2MP são praticamente regra no segmento. Entretanto, o Redmi K50 troca a câmara de 108MP por uma de 48MP, mantendo as restantes, incluindo a câmara frontal de 20MP. Em alguma coisa teríamos que ter algo “gama média”, certo?
Preço e disponibilidade
Apostando brutalmente num ecrã em conjunto com dois dos melhores processadores do momento, os Redmi K50 e K50 Pro. Com 8/128GB, o preço do Redmi K50 fica por perto de €350, enquanto uma versão de 12GB de RAM com 256GB de armazenamento interno já ultrapassará os €400.
No caso do Pro, o preço começa por volta dos €450 e vai até algo acima de €600, se quiserem a versão com 8/128GB ou 12/256GB, respetivamente.
Qualquer um deles está disponível em azul e verde, prateado e preto, esta última opção com um acabamento muito identificável de elementos de cristais de gelo para um conjunto de reflexos muito catita.
Obviamente, há muito para nos excitar com os processadores e ecrãs que colocam em cima da mesa, por isso os fãs de tecnologia estarão muito atentos ao que os Redmi K50 mostrarão ser capazes de fazer ao longo dos próximos dias. Infelizmente, aguardamos ainda os valores para Portugal.