Para os produtivos que procuram um portátil de potência acima da média para trabalho profissional, as workstations HP ZBook são definitivamente uma opção a levar em conta. Competindo na mesma área que famílias icónicas como as ThinkPad ou ExpertBook, as HP ZBook destacam-se sempre pela qualidade de fabrico, solidez e especificações potentes. Mas, mais do que potentes, as ZBook são declinadas em amplas opções de configurações, permitindo ajustar os modelos às nossas necessidades. Assim, no caso da 10ª geração da HP ZBook Power, modelo de 15.6″, temos ao nosso dispor uma ampla processadores Intel (até Intel Core i9-13900H, modelo G10) e AMD (até um AMD Ryzen 9 PRO 7940HS, modelo G10A), e gráficas até uma Nvidia RTX 3000 Ada (apenas nas configurações Intel).

São características que fazem da HP ZBook Power 15.6 G10A uma workstation de gabarito profissional para quem o desempenho é tudo.

Especificações técnicas (como testado):

  • Processador: AMD Radeon 9 Pro 7490HS
  • Ecrã: IPS 15.6″ FHD (1920 x 1080), antirreflexo, 400 nits de brilho máximo e 100% do espaço sRGB
  • Armazenamento e memória: 512GB SSD, 32B RAM
  • Gráfica: Nvidia RTX 2000 Ada Generation
  • Portas: 3x USB Tipo-A, 1x USB 3.2 Gen 1 Tipo-C com PD e display port, 1x HDMI 1.4, 1x 3.5mm conexão áudio combinada, 1x RJ45 Gigabit Ethernet
  • Autonomia: 83Whr
  • Peso: a partir de 2Kg
  • Dimensões: 35,94 x 23,39 x 2,29 cm

Sólida por fora e por dentro

No alinhamento HP ZBook, que inclui enormidades como as Fury, Studio e Firefly, a ZBook Power é colocada como uma opção “em conta”. Ou seja, é a opção equilibrada, um cavalo de tiro para trabalho pesado de processamento em ciências de dados, engenharia, etc., sem cobrar tanto quanto algumas opções da própria marca. Onde isso não compromete em nada é decididamente na construção.

A HP ZBook Power G10A mantém praticamente intacto o design da antecessora G9, com um chassis inteiramente fabricado em metal fosco. Os contornos são planos, refinados, com os cantos arredondados, criando um perfil bastante limpo e profissional. O equipamento é, como um todo, bastante sólido, sem deformações de nota ou ruídos, o ecrã abrindo-se com apenas uma mão e mostrando o equilíbrio certo entre estabilidade e agilidade.

O teclado é uma unidade estritamente retangular, sem teclas em posicionamentos estranhos: a HP coloca as teclas direcionais numa única linha em que as teclas Up/Down são de meio tamanho, característica muito querida à HP e que não incomoda. Entretanto, o leitor biométrico opcional passa para o painel direito, logo ao abaixo do teclado. Finalmente, há a mencionar o amplo trackpad deslocado para a esquerda onde se centra abaixo do teclado alfabético.

Em termos de conectividade, a HP ZBook Power 15.6 G10A é relativamente generosa. Do lado esquerdo encontramos uma RJ-45, uma porta SuperSpeed USB-A, uma porta HDMI e um leitor de smartcards. À direita temos mais duas USB-A Superspeed, uma USB-C com Thunderbolt 4, além dos conectores de auriculares e tomada de corrente (embora possamos usar simplesmente a porta USB-C).

A barriga dos portáteis é frequentemente esquecida. Neste caso, vale a menção, por a base ser facilmente amovível para reparações e atualizações. Por outro lado, o design como um todo é relativamente brando, não reinventando as gerações anteriores e pontuando por uma simplicidade institucional que ficará bem.

Ecrã e multimédia

Na sua 10ª geração, a HP ZBook Power 15.6 G10A parece focar-se nos analistas de dados, não tanto nos criadores de conteúdos gráficos e, por isso, nota-se a ausência de ecrãs 4K ou com especificações amplamente generosas em termos de espaços de cor e taxas de atualização. A melhor especificação conta com um ecrã IPS 1440p a 120Hz e 100% do espaço de cor sRGB, enquanto o modelo de entrada conta com um painel 1080p com 60Hz e 60% do espaço sRGB.

A nossa unidade conta com um IPS FHD de 15.6″ com rácio de aspeto de 16:9, uma opção que começa a ser difícil encontrar no reino do 16:10. Traz, além disso, uma taxa de atualização de 60Hz. No somatório das suas capacidades, este ecrã oferece excelentes ângulos de visão, sempre importante para quem vai passar longas horas a trabalhar e precisa ir mudando de posição.

Na utilização quotidiana apresenta bons contrastes e cores, com um revestimento acetinado que ajuda a combater os reflexos das luzes de escritório. Apesar da proficiência do hardware para o gaming, este ecrã não é de facto excecional para esta utilização. O que está consistente com o foco da HP ZBook Power 15.6 G10A em processamento de dados de grande intensidade.

Experiência de utilização

Como já dissemos, existem inúmeras opções de configuração para a HP ZBook Power G10A, pelo que falar de desempenho pode depender muito do modelo. No nosso caso testamos uma muito vitaminada unidade com um processador AMD Ryzen 9 PRO 7940HS e gráfica Nvidia RTX 2000 Ada Generation, além de 32GB de RAM DDR5. Notar que para as configurações com processadores Intel está disponível uma ainda mais potente RTX 3000 Ada.

Em termos de GPU, estamos a falar de uma gráfica de vocação profissional com 3072 núcleos CUDA, fabricada em 5nm e com 8GB de VRAM GDDR6. É em termos de especificações, muito semelhante a uma RTX 4060, mas com software muito diferente. É claro que podemos rodar bons jogos com esta máquina, mas o seu foco é na utilização profissional de mineração de dados, design gráfico, utilização continuada e drivers certificadas para software CAD, etc. Uma característica é certamente a possibilidade de ajustar a TDP entre 35W e 140W, permitindo a sua integração em laptops com gamas de utilização radicalmente diferentes.

Sobre o AMD Ryzen 9 PRO 7940HS, estamos perante um octa-core com hyperthreading baseado na arquitetura Zen 4. O “Pro” significa que se trata de um processador de utilização profissional/empresarial, com opções adicionais de gestão e segurança para os departamentos de IT. Inclui acelerador IA XDNA e tem um TDP base de 35W. No alinhamento da geração Phoenix, o AMD Ryzen 9 PRO 7940HS encontra-se no topo da cadeia alimentar.

A combinação é extremamente generosa para web designers ou analistas de dados que tenham de trabalhar com modelos de dados complexos, colocando a HP ZBook Power G10A como uma opção de topo capaz de oferecer um desempenho de gama alta com um custo-benefício potencialmente superior a outras ZBook mais superlativas.

O resultado? A minha suite usual de benchmarks mostra resultados destacados para quem precisa de um peso-pesado. Na prática, os analistas de dados estarão no céu quanto a capacidades em movimento. E se quiserem saltar fora do trabalho por uns momentos para jogar um jogo, nada a opor, porque a HP ZBook Power tem bastante poder de encaixe. Vendem-se equipamentos de gaming com menos capacidades (mas mais luzes). Entretanto, a estabilidade do sistema sob carga é excelente, tomando como referência o Speed Way Stress Test.

A máquina aquece certamente nestes momentos, mas o calor fica fundamentalmente fora das zonas de toque das nossas mãos, com o conforto a nunca ficar comprometido.

A refrigeração a bordo, com duas potentes ventoinhas, dá conta do recado e mantém a refrigeração dentro do razoável, sem um ruído insuportável.

Em paralelo, o duo trackpad e teclado é bastante eficiente. O teclado, em particular, é de elevada qualidade, com um click muito discreto e uma boa distância de atuação bem amortecida para uma experiência muito confortável por um lado, rápida por outro, mas também exata, com a máquina a registar bem cada toque.

Do lado do áudio e câmara, o desempenho é muito razoável ao nível do som reproduzido, com detalhe suficiente para videoconferências onde a câmara de 5MP com infravermelhos oferece uma boa qualidade de vídeo.

Autonomia

Em termos de autonomia, a ZBook Power G10A é uma besta. Revela sem dúvida a sua vocação para trabalho intenso e sustentado. Munida de hardware potente, não ficaríamos desiludidos com uma autonomia razoável, mas com 12h4min no teste Procyon, com o perfil otimizado, é um resultado excelente, indiciando obviamente boas horas de trabalho pesado em movimento.

O teste Procyon com utilização suite Office é bastante esclarecedor. Claro que trabalho de design gráfico ou edição de vídeo pode solicitar muito mais o hardware e encurtar esta autonomia, mas estamos ainda assim a trabalhar a partir de uma base impressionante.

Recomendação

Com um set de especificações muito sólido e amplas possibilidades de configuração, a HP ZBook Power G10A oferece um núcleo duro de capacidades impecáveis para os profissionais dos dados, independentemente da sua área de conhecimento. Não faltam no mercado computadores com grandes capacidades, obviamente. No caso da ZBook, estamos um passo mais à frente pela opção por processadores e GPUs de vocação profissional, garantindo mais ferramentas para gestão por parte dos departamentos de IT, mas também o acesso a requisitos obrigatórios para algumas ferramentas de software e ainda estabilidade superior durante períodos de carga prolongada.

Em troca da sua acessibilidade para quem procura desempenho profissional puro, a ZBook Power G10A não oferece ecrãs com 100% do espaço sRGB, deixando de fora os criativos gráficos. Mas, fácil de reparar e atualizar pelo próprio utilizador, não há dúvidas de que esta é uma workstation que oferece muitos trunfos com uma excelente relação qualidade-preço. Juntando isto a uma grande gama de configurações possíveis, a HP ZBook Power G10A pode ser uma opção tremenda para uma frota empresarial para cobrir as necessidades de vários departamentos e hierarquias sem criar uma logística heterogénea.

REVER GERAL
Design & Construção
7.7
Características
8
Desempenho
9
Experiência de utilização
8.5
Bateria
9.5
Relação qualidade-preço
8.5
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review-hp-zbook-power-15-6-g10a-poder-zbook-com-custo-beneficioDisponível numa ampla gama de configurações Intel e AMD, a HP ZBook Power 15.6 G10A é uma excelente opção fiável e capaz para quem necessita de uma máquina de trabalho de alta capacidade. Ao juntar sobriedade a hardware de topo, consegue um custo-benefício muito interessante para empresas ou profissionais autónomos nas mais variadas áreas e das mais variadas ambições.

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