Todos sabemos que a tecnologia está cada vez mais presente nos nossos postos de trabalho, mas o impacto que tem pode ser difícil de quantificar. Ora, segundo um estudo a nível Europeu da Ricoh, agora divulgado, os trabalhadores nacionais acreditam que até 3.5 dias por mês poderiam ser poupados com a tecnologia certa.

O estudo contém, por isso, um aviso quanto à produtividade do país: 47% dos entrevistados julgam que a tecnologia ao seu dispor está aquém das expectativas de produtividade e eficiência, e a penalização é de 42,3 ao ano. Ou seja, por mais que a tecnologia sirva de auxiliar, pelo menos na percepção dos trabalhadores existe ainda um longo caminho a percorrer até a tecnologia ser adequada, uma asserção que mostra que, muitas vezes, as exigências do mercado laboral e as expectativas de todos os envolvidos correm à frente dos avanços tecnológicos ou, mais especificamente, dos recursos das empresas.

Do comunicado de imprensa:

De acordo com um estudo realizado pela Ricoh Europa divulgado hoje, os trabalhadores portugueses acreditam que um melhor acesso à tecnologia poderia fazê-los poupar 3,5 dias todos os meses. Ao nível europeu quase metade das 3600 pessoas entrevistadas (47%) está convencida de que a tecnologia que utiliza no seu trabalho está aquém das expectativas de produtividade e eficiência e acredita inclusivamente que chega a perder até 42,3 dias por ano por falta dos recursos certos.

O inquérito revela que os entrevistados deseja ter uma maior componente digital no local de trabalho e 59% acredita que uma tecnologia mais inovadora teria um impacto positivo sobre a sua carga laboral. De acordo com os dados do Banco Central Europeu, o crescimento da produtividade anual diminuiu de 2% em 1995 para apenas 0.5% em 2016[1].

Dos 3600 colaboradores entrevistados, 65% afirmou que a tecnologia de automação lhes permitirá ser mais produtivos, enquanto 52% está de acordo que a Inteligência Artificial terá um impacto positivo nas suas funções. Os colaboradores vêem a gestão do email (41%) e as reuniões (37%) como as tarefas em que perdem mais tempo todos os dias, seguidas das deslocações de e para o trabalho (29%). De um modo geral os inquiridos vêem de forma positiva o potencial das novas tecnologias aplicadas ao trabalho – acesso mais imediato aos dados (44%), capacidade de trabalhar desde casa mais frequentemente (42%) e uma redução de tarefas repetidas (41%).

Ramon Martin, CEO da Ricoh Portugal e Espanha, afirma que «o que os colaboradores nos têm vindo a comentar, leva-nos a ter preocupações relativas à produtividade macroeconómica que os governos de todo o mundo já enfrentam. Uma grande parte do horário laboral é ocupado com tarefas e processos que se poderiam automatizar ou otimizar. Se libertarmos esse tempo, a tecnologia permite aos trabalhadores realizarem o seu trabalho de uma forma mais inteligente e focar-se em adquirir valor real à sua empresa».

Aos trabalhadores preocupa-lhes que a falta de investimento na tecnologia cause problemas às empresas do futuro. 36% dos inquiridos acredita que se não se realizarem investimentos, as empresas fracassarão num prazo de 5 anos. Para além disso, 46% afirma que a sua concorrência já conta com uma vantagem tecnológica.

Ramon Martin comenta também que “os colaboradores não estão a aumentar a sua produtividade devido a um acesso deficiente à tecnologia, no qual estão a desperdiçar o seu tempo de trabalho. A investigação que fizemos demonstra que os colaboradores de toda a Europa desejam que as  empresas onde trabalham os ajudem a ser mais produtivos. Um acesso mais facilitado à tecnologia tem vantagens tanto para a organização como para os colaboradores, poupando tempo e dinheiro, mediante a implementação de uma forma de trabalho mais inteligente”.

O tempo que os colaboradores acreditam que poderiam poupar no trabalho todos os meses, graças ao uso da tecnologia para trabalhar de uma forma mais inteligente, varia por toda a Europa. Em França, os colaboradores acreditam que se poderia diminuir 1,8 dias por mês, comparativamente com 5,6 dias na Rússia (mais de uma semana laboral inteira). O número de días corresponde a cada país individual como se pode verificar:

País

Dias

 

País

Dias

Rússia

5,6

 

Polónia

3,4

Eslováquia

4,2

 

Suiça

3,4

República Checa

3,8

 

RU e Irlanda

3,2

Alemanha

3,8

 

Turquia

3,2

Hungria

3,8

 

Espanha

3,1

Noruega

3,8

 

Áustria

2,9

Suécia

3,6

 

Finlândia

2,8

Itália

3,5

 

Dinamarca

2,1

Holanda

3,5

 

Bélgica e Luxemburgo

1,8

Portugal

3,5

 

França

1,8

Média europeia

3,5

 

 

 

 

O estudo revela ainda que os inquiridos mostram-se desiludidos com a motivação das equipas de direção das suas empresas. 72% acredita que a equipa de gestão só introduzirá uma nova tecnologia se ajudar a diminuir gastos e não para apostar no aumento das capacidades.

Ramon Martin acrescenta ainda que «as pessoas responsáveis por tomar decisões empresariais deviam aportar uma visão holística a longo prazo em relação aos custos de processos básicos. Diminuir os investimentos pode libertar capital a curto prazo, mas as vantagens do aumento da produtividade prometem grandes lucros nos próximos anos».

Mais informação em: http://thoughtleadership.ricoh-europe.com/pt/empowering-digital-workplaces/

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