A primeira Ricoh Theta remonta a 2014, tendo por então impressionado pela qualidade das imagens a 360º que tirava. Mas a Ricoh, cuja experiência em imagem é extensa, estava apenas nas fases iniciais do que se transformaria nesta iteração, uma câmara que já não considera que tirar fotografias é suficiente. Agora, a Ricoh Theta quer apelar mesmo aos profissionais da criação de conteúdos de realidade virtual.
Para o fazer, a Theta V grava vídeo a 360 contínuo e com áudio espacial, sendo compatível com o microfone externo 3D TA-1 para recolha de áudio em todas as direcções com elevada qualidade, enquanto o streaming é autorizado por um módulo WiFi que possibilita a transmissão rápida dos dados áudio e vídeo. Isto permitirá igualmente fazer streaming em equipamentos compatíveis, dos vídeos capturados pela câmara, ou via Internet, estando aqui a Theta V limitada apenas pela ligação do utilizador.
A capacidade para captura de vídeo em 4K sugere que o resultado final será muito mais detalhado e realista, mas ponto fundamental é a qualidade das ópticas e dos algoritmos de imagem. Ora a Ricoh tem uma experiência particularmente avançada nestes campos, já que tem revitalizado as SLR da Pentax e evoluído uma das câmaras mais icónicas dos fotógrafos de rua, a Ricoh GR. Se a isto acrescentarmos o historial da Ricoh nas tecnologias de imagem médica e empresarial então começamos a compreender que a marca Japonesa sabe muito bem o que faz.
Mas as opções inteligentes vão mais longe. A Ricoh decidiu aproveitar a inclusão de um Qualcomm Snapdragon 625, fundamental para encaixar as exigências do vídeo 4K, e concebeu um sistema operativo com base no Android, possibilitando a inclusão de plugins e futuras actualizações que acrescentem funcionalidades à Theta V. Em troca, em parceria com a Google, a Ricoh Theta V é a primeira câmara certificada como compatível com o Google Street View, o que permitirá criar conteúdos para o Google Street View em modo automático.