Era a grande incógnita do dia: poderia a Samsung oficializar o Samsung Galaxy Fold? A resposta é sim, e com grande estilo, já que a marca nos mostrou um terminal dobrável que tem tudo para ter sucesso numa era em que as marcas ainda não parecem saber bem o que fazer com este novo tipo de smartphones.
Desde que a loucura dos smartphones dobráveis começou que temos visto tudo, desde conceitos ambiciosos a protótipos assustadoramente disfuncionais que parecem precisar de séria terapia para perceberem a sua razão de existência. Pelo contrário, da Samsung muito se tem dito que é uma empresa conservadora, e por isso hesita em colocar no mercado tecnologias verdadeiramente de ruptura. O reverso da medalha é que a Samsung não coloca no mercado produtos semi-acabados, sendo o Foldable um exemplo muito sólido de como pode um smartphone ser também um tablet e ainda algo mais.
O mais surpreendente será o espírito prático do Galaxy Foldable, que disponibiliza um ecrã de 4.6 polegadas no exterior e um ecrã de 7.3 polegadas flexível. Este ecrã não escapa ao notch, já que possui um total de 6 câmaras fotográficas, duas no interior, três no painel traseiro e uma no painel frontal. As três principais são típicas para a Samsung, com uma câmara de 12MP com abertura variável, uma teleobjectiva e uma câmara de 16MP ultragrande angular, à semelhança dos novos Galaxy S10.
Por dentro encontramos o Qualcomm Snapdragon 855, com 12GB de RAM e 512GB de armazenamento interno, tudo mantido a funcionar por duas baterias de 4,380mAh.
Semanticamente, o Samsung Galaxy Foldable não é um smartphone flexível, mas dobrável, mantendo o ecrã flexível mais protegido no interior e com as duas metades unidas por uma dobradiça personalizável, constituída por múltiplas engrenagens, solução que tem a seu favor durabilidade e facilidade de utilização. Resulta disto um smartphone revolucionário, que tem aspecto de um smartphone tradicional. O foco da Samsung foi certamente no funcional e, sendo importante perceber para que precisamos de um smartphone dobrável, a utilidade do ecrã flexível é permitir rapidamente passarmos do ecrã mais pequeno para o maior, o que permitirá trabalhar mais facilmente com multitasking, com os conteúdos a passarem de um ecrã para o outro.
Será inquestionavelmente um equipamento para empresas, precisamente pela facilidade em produzir e demonstrar conteúdos neste ecrã maior. O preço certamente o coloca neste segmento, começando nos €2000, potencialmente com a versão 5G a ser substancialmente mais cara.
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