Os mais recentes Samsung Galaxy procuram explorar ao máximo o conceito de um ecrã sem rebordos e nenhum smartphone o mostra tão bem quanto os recentes Galaxy Note10 e Note10+, com o seu ecrã curvo e rebordos quase indistintos no topo e base. Mas, a corrida da Samsung agora está para lá do ecrã: a marca quer desenvolver no mercado uma capa ou doca capaz de projetar hologramas.
A projeção de hologramas não uma novidade. No mercado podemos mesmo encontrar simples visualizadores plásticos com muitas limitações, mas a Samsung quer ir mais longe. Nos desenhos da patente descoberta pelo LetsGoDigital, é claro que a Samsung quer que estes hologramas sejam interativos.
Para chegar a este fim, a patente pensa duas opções: ou uma capa protetora normal, colocada a um ângulo específico, ou uma doca especial na qual o smartphone se coloca e que o mantém carregado, enquanto este projeta hologramas. A Samsung começa aqui, nestas possibilidades “simples”, mas vai até considerar a sua utilização num automóvel em jeito de HUD.
A primeira das patentes remonta a 2017, embora tenha sido concedida mais recentemente é interessante que um dos elementos fundamentais da sua concepção é a utilização de um ecrã Edge. Juntamente com um espelho e um elemento retro-reflector, as imagens exibidas na porção lateral do ecrã acabam projetadas no ar como imagens 2D. Com a inclusão de elementos refletores extras, a imagem pode ser melhorada até equivaler à exibida no ecrã.
Não é, efetivamente, diferente de um HUD regular, ou de uma tradicional mira holográfica. Mas estes hologramas poderão ser utilizados com gestos no ar para controlar as imagens e notificações, ou apps projetadas neste ecrã holográfico, via a utilização da câmara frontal para determinar a posição dos nossos dedos e os seus movimentos.
A Samsung tem grandes ideias para esta tecnologia. Falamos da possibilidade de controlar remotamente os hologramas, ou mesmo transferir conteúdos entre dispositivos para um segundo smartphone os exibir no que se encontra acoplado à doca.
A posição da Samsung parece ser muito utilitária: a interação com holograma via gestos significa que poderemos interagir com notificações e informações sem realmente nos concentrarmos no “toque”, por exemplo enquanto conduzimos, ou sem sujar o smartphone em situações onde as nossas mãos possam estar sujas ou molhadas.
Considerando a maturidade dos ecrãs curvos da Samsung, ou a extensão da sua curvatura lateral, estes parecem já estar dentro do que a Samsung necessita para chegar ao mercado com esta tecnologia. É por isso que se pensa que o primeiro smartphone a possuir capacidade para se conjugar com estas ferramentas holográficas será o Galaxy S11, a revelar no início do próximo ano.
O potencial é enorme, quiçá mais útil que muitas outras tecnologias duvidosas, por isso esperemos que a Samsung a coloque no mercado rapidamente. Para saberem mais, podem dirigir-se ao LetsGoDigital!