As marcas Chinesas têm feito um nome na praça, substituindo na confiança e preferência dos consumidores muitas marcas tradicionais, mostrando crescimento acelerado ao longo dos últimos anos. Mas, face a novas perspectivas de mercado, a maioria das marcas está a rever em baixo as suas perspectivas para 2018, com Huawei, Oppo e Vivo afectadas, mas Xiaomi a escapar à tendência.
TCL é a principal afectada
Com um interessante portefólio de clientes, a TCL não só fabrica equipamentos para outras marcas, como comercializa smartphones em nome próprio, com as marcas Alcatel e BlackBerry, com boas possibilidades de um Palm surgir no futuro próximo. A TCL anunciou assim 35% de declínio nas vendas face ao ano anterior, com perdas de $129 milhões no primeiro semestre.
A TCL não está sozinha e, embora tenham tido um bom ano, Huawei, Oppo e Vivo enfrentam um decréscimo da procura e terão por isso excesso de inventário. Em resultado, as marcas terão diminuído em 10% as suas encomendas para 2018.
Xiaomi imune à tendência
Em contracorrente, a Xiaomi parece não sofrer de procura diminuída, um efeito da sua recente expansão para o mercado Europeu, que gerará inquestionavelmente procura superior em diversos países. A marca subiu recentemente ao topo das vendas da Índia, destronando a Samsung, e espera continuar a manter a liderança, expandindo-a em 2018.
Já para o abrandamento das vendas de smartphones não existem explicações. As marcas Chinesas não são as únicas afectadas, e esta semana soubemos também que as vendas da Samsung podem estagnar em 2018. Os principais fabricantes deverão revelar novidades logo no início do ano, pelo que as projecções poderão mudar.
Os dados não serão alarmantes para as empresas mencionadas. O crescimento destas ao longo dos últimos anos tem sido tão estonteante quanto inacreditável, não só em termos de vendas absolutas, mas de qualidade e inovação dos seus dispositivos. Um ligeiro decréscimo pode ser expectável agora que os seus produtos ganham em longevidade e presença.