Um ecrã completo, ou funcionalidades inovadoras: qual preferem? Muitos fãs de tecnologia gostariam de ter as duas coisas, mas não sei até que ponto isso é possível. A Google optou muito claramente pela segunda hipótese, e o novo teaser em vídeo confirma o reconhecimento facial avançado.
Entretanto, a própria Google não está interessada em guardar segredos, talvez ciente de que ninguém tem nada igual ao que se propõe colocar no mercado. Um post pela própria tecnológica mostra-nos um friso carregado de tecnologia, onde a câmara frontal é apenas uma pequena parte da história, comprovando que um smartphone não tem que apostar tudo na vaidade.
Excluindo o auscultador, a imagem que reproduzimos mostra-nos um sensor infravermelho para desbloqueio facial com a câmara selfie logo ao lado, e ainda o leitor de proximidade/luz ambiente. Do lado oposto encontramos o iluminador para o reconhecimento facial, o projetor de pontos, e uma segunda câmara IR. O destaque vai, no entanto, para o chip de radar Soli.
Sim, um chip de radar. A tecnologia Soli está a bordo para permitir ao utilizador utilizar gestos para efetuar ações no Pixel 4, sem chegar a tocar no ecrã. É algo que o LG G8 já procura fazer, mas com sucesso ainda a comprovar. E que ações podemos levar a cabo? Bom, a Google menciona gestos para mudar trilhas de música ou silenciar alarmes, e ainda desbloquear o smartphone ao lhe dirigir a mão.
É esta tecnologia – mais do que o reconhecimento facial – que o vídeo que reproduzimos abaixo mostra.
https://youtu.be/KnRbXWojW7c
Para alguns, a Google pode estar a chegar atrasada ao jogo que a Apple inventou, mas se o reconhecimento facial parece apenas agora igualar a implementação da Apple do Face ID, o radar Soli é um grande avanço cuja potencialidade mal posso esperar para ver. Parece que a Google também deu um passo mais à frente que a Apple e o desbloqueio será mais rápido: em vez de ler a face e depois fazer um swipe para concluir o desbloqueio, a Google utiliza o radar para detectar a mão do utilizador e inicia o processo de reconhecimento facial, tornando-o mais simples e rápido.
Todavia, não sou fã dos reconhecimentos faciais, demasiado fáceis de contornar por quem simplesmente o smartphone à cara. A pergunta fica no ar: será que a Google incluirá um leitor biométrico tradicional?